A Unidade de Controlo Costeiro e de Fronteiras (UCCF) da Guarda Nacional Republicana (GNR) resgatou 24 migrantes, entre eles 11 crianças e uma mulher grávida, durante uma ação de patrulhamento no Mar Egeu, no âmbito da operação ‘Joint Operation Greece 2025’, coordenada pela Frontex – Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira, no dia 19 de julho.
"O resgate ocorreu por volta das 11h13, quando a tripulação da embarcação de patrulha costeira 'Draco' detetou uma pequena embarcação insuflável à deriva, a sudeste da ilha grega de Agathonisi", detalhou aquela força de segurança, num comunicado endereçado às redações, esta quarta-feira.
A mesma nota deu conta de que estavam a bordo "oito homens e cinco mulheres, com idades compreendidas entre os 18 e os 45 anos, bem como 11 crianças, com idades compreendidas entre os 5 e os 15 anos", além de uma mulher grávida.
"Os migrantes foram resgatados em segurança e submetidos a uma avaliação do seu estado de saúde. Após a conclusão dos procedimentos de triagem, foram transportados para a ilha de Samos, onde ficaram sob a responsabilidade das autoridades gregas", lê-se.
A GNR recordou que o resgate insere-se na sua missão "no âmbito da segurança e vigilância das fronteiras externas da União Europeia, reforçando a cooperação internacional e contribuindo ativamente para a salvaguarda de vidas humanas no mar".
A entidade assegurou, por isso, que "continuará empenhada na proteção da fronteira marítima, no controlo dos fluxos migratórios e no combate à criminalidade transfronteiriça, com profissionalismo e humanidade".
De acordo com a polícia portuária grega, citada pela agência de notícias France-Presse (AFP), 7.300 migrantes chegaram a Creta e à ilha de Gavdos desde o início do ano, em comparação com 4.935 em todo o ano de 2024.
Só desde o início de junho, foram registadas 2.550 chegadas. Enquanto ilhas no nordeste do Mar Egeu, como Lesbos, têm campos de acolhimento, Creta e Gavdos não têm.
O presidente da Câmara de Gavdos, Lilian Stefanakis, tem apelado repetidamente ao governo para que tome medidas para resolver esta situação.
O primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, levantou esta questão junto dos seus parceiros europeus na última cimeira da União Europeia (UE) em Bruxelas, no final de junho.
O chefe do Governo conservador anunciou também em junho o envio de dois navios de guerra gregos para fora das águas territoriais da Líbia para "controlar o fluxo de migrantes ilegais", segundo o porta-voz do Governo, Pavlos Marinakis.
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