O cidadão espanhol suspeito de ser o autor do falso alarme de bomba num avião da SATA Azores Airlines, que obrigou a uma aterragem de emergência em Lisboa, no sábado, queria "pregar uma partida ao companheiro de viagem".
"Os factos indiciam fortemente que, numa atuação imponderada, o arguido quis pregar uma partida ao companheiro de viagem, referindo a existência de uma bomba a bordo da aeronave. Tratou-se, contudo, de um falso alarme, que foi tomado como sério pelo comandante do avião, obrigando a desvio da rota aérea e aterragem de emergência no aeroporto de Lisboa", detalhou o Ministério Público (MP), num comunicado divulgado na segunda-feira.
A mesma nota deu conta de que o sujeito tinha embarcado no Aeroporto de Ponta Delgada, juntamente com um amigo, num voo com destino a Espanha, no dia 26 de julho.
O espanhol foi detido no sábado e, conforme disse à Lusa fonte da Polícia Judiciária (PJ), ficou proibido de frequentar aeroportos nacionais, "por se verificar o perigo de alarme social que resultou da atuação do arguido".
No mesmo dia, a SATA Azores Airlines revelou que a ameaça de bomba que levou à divergência do voo S4 504, com rota entre Ponta Delgada e Bilbau, "não foi validada pelas autoridades competentes, após uma inspeção rigorosa à aeronave e à bagagem".
A empresa assinalou que, "após a conclusão das diligências pelas autoridades competentes", a aeronave foi autorizada a retomar a operação, tendo a ligação Lisboa-Bilbau sido reprogramada para a noite desse dia, com 111 passageiros a bordo.
Os dois passageiros detidos no âmbito da ocorrência não seguiram viagem, segundo a SATA Azores Airlines.
A investigação é dirigida pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.
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