Em declarações à agência Lusa, Álvaro Ramos, da associação de pais, explicou que cerca de uma centena de encarregados de educação, "não contando com os alunos", estiveram concentrados entre as 08:00 e as 09:00, de forma a "alertar, novamente, que a escola construída em 1997 nunca teve qualquer tipo de obras ou manutenção".
"Já passaram quase 30 anos e estamos a ver isso. A fachada da escola tem pedras a cair, temos parques infantis encerrados, as casas de banho estão sempre entupidas, há infiltrações na escola, (...) os pavimentos são desnivelados, portanto, os problemas adensam-se", disse Álvaro Ramos.
Este membro da associação de pais exemplificou com o caso das lajetas de mármore, que caem da fachada. "É bastante perigoso, podendo ser letal" para alguém que passe por baixo, disse.
De acordo com Álvaro Ramos, a associação de pais anda "nesta luta há dois anos", com manifestações, com intervenções nas reuniões públicas de câmara, na Assembleia Municipal, também na junta de freguesia, "para tentar pressionar os responsáveis para as obras avançarem".
"Tivemos uma promessa inicial da vereadora Sofia Athayde, que eu acho que fez essa promessa por desconhecimento do problema. Foi uma promessa assim um bocadinho a quente, porque, na altura, fizemos uma manifestação, em 2023, teve cobertura televisiva, e logo nos dias seguintes houve uma reunião descentralizada da câmara, e a vereadora, fez essa promessa um bocadinho a quente", explicou.
Segundo Álvaro Ramos as promessas têm-se seguido, agora do executivo da câmara, de que vão avançar com a obra, explicando que será a DGEstE [Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares] a fazê-la.
"Vamos ver, andamos de promessa em promessa", lamentou, acrescentando que, de acordo com as informações que a associação de pais tem, já existe caderno de encargos para a obra, faltando a DGEstE lançar concurso.
Álvaro Ramos disse ainda que os encarregados de educação "vão continuar a pressionar em reuniões de câmara", acrescentando que vão participar na próxima semana, embora ainda não saibam o dia, numa reunião com a Junta de Freguesia do Parque das Nações e a DGEstE.
Em comunicado, a associação de pais deu conta de um episódio grave ocorrido na escola, quando "um aluno do 1.º ciclo caiu de uma altura de cerca de dois metros, magoando-se, devido à quebra da proteção de um equipamento de recreio. O incidente ocorreu há vários meses, e até hoje, nada foi reparado".
Na nota pode ler-se ainda que a escola se encontra cercada por baias de segurança, incluindo nos dois parques infantis, que estão interditados há meses por falta de condições mínimas de segurança.
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