Os trabalhos envolvem um financiamento total de 750 mil euros, dos quais 448 mil euros são para as equipas de investigação que estudam a prevenção do declínio cognitivo de idosos, o uso de frutos vermelhos para a prevenção cardiovascular e o desenvolvimento de um 'penso inteligente' para o controlo e tratamento de feridas crónicas.
Para o presidente do IPG, Joaquim Brigas, estes apoios da FCT acrescentam "cerca de meio milhão de euros às linhas de investigação que o Politécnico da Guarda já está a levar a cabo".
O responsável referia-se aos quatro centros de investigação em que o Politécnico da Guarda participa e que foram classificados com "Muito Bom" pela FCT -- um dos quais criado de raiz na Guarda só com investigadores próprios --, que asseguraram um financiamento global superior a 2,5 milhões de euros.
"O Politécnico da Guarda continua a somar projetos de I&D aprovados no âmbito da política científica que implementou nos últimos anos, quer nos projetos europeus que integra ou lidera, quer nas candidaturas à Fundação para a Ciência e Tecnologia", realçou Joaquim Brigas, numa nota enviada à agência Lusa.
O projeto 'Idosos Beira Interior -- Guarda: biomarcadores imunológicos da cognição' estuda a prevenção do declínio cognitivo de idosos com mais de 65 anos, numa parceria com a Universidade da Beira Interior (UBI), sediada na cidade vizinha da Covilhã, no distrito de Castelo Branco.
Os investigadores obtiveram 212.387 euros da FCT, cabendo 191.127 euros ao IPG e 21.260 à UBI, para se "encontrar novas estratégias para a prevenção e gestão deste problema de saúde pública em rápido crescimento".
Segundo a investigadora responsável, Elsa Cardoso, o objetivo "é a deteção de novos marcadores imunológicos do declínio cognitivo associado ao envelhecimento".
Também a ser desenvolvido com a UBI, o projeto 'Red4Cardio -- Formulações naturais seguras, saudáveis e sustentáveis à base de frutos vermelhos para a prevenção de doenças cardiovasculares' pretende desenvolver novas bebidas à base de frutos vermelhos e seus subprodutos com potencial antioxidante.
Este trabalho assegurou um financiamento de 212.387 euros, dos quais 128.666 euros para o IPG e 83.721 para a Universidade da Beira Interior.
"O Red4Cardio visa o desenvolvimento de formulações de origem natural, à base de frutos vermelhos, com o intuito de prevenir as doenças cardiovasculares", explicou Luís Silva, coordenador desta investigação, que inclui ensaios in vitro, in vivo e clínicos para aferir estes benefícios.
Por último, o projeto 'MuSSHeal -- Penso multirresponsivo para o controlo e tratamento de feridas crónicas' está a desenvolver novos biomateriais inovadores para o tratamento destas feridas.
A ideia é criar um 'penso inteligente' capaz de "monitorizar e estimular o processo de cicatrização de feridas", recorrendo a materiais eletroativos numa abordagem "económica e ambientalmente sustentável", adianta Sónia Miguel, coordenadora da investigação.
O projeto garantiu um apoio de 212.167 euros, dos quais o IPG recebeu 128.152 euros e a Universidade do Minho 84.015 euros.
"Nestes três consórcios, o IPG é o principal beneficiário das verbas europeias do Compete 2030, recebendo 70% dos 637 mil euros de incentivos concedidos", destaca o Politécnico.
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