Luís Montenegro encerrou hoje uma sessão sobre a inovação e digitalização em Portugal, no Museu das Comunicações, em Lisboa.
"Eu tenho hoje o privilégio de poder partilhar a nossa decisão que vai ser consumada muito brevemente de abertura de novos espaços do cidadão em 10 consulados", anunciou.
Esses espaços, detalhou, serão abertos nos consulados de Portugal em Berlim, Luxemburgo, Genebra, Zurique, Madrid, Barcelona, Luanda, Boston, Toronto e Rio de Janeiro.
"A partir destes espaços os cidadãos portugueses - e outros cidadãos que não sendo portugueses precisam de contactar com a administração pública portuguesa - terão uma porta aberta mais ágil para poder interagir com os nossos serviços", disse.
A pouco mais de um mês das legislativas antecipadas de 18 de maio, Montenegro deixou um "recado" para quem critica os anúncios do Governo.
"Há muita gente que se incomoda quando nós dizemos estas coisas e depois vem dizer que tudo isso já estava previsto, nada disso é novo. Pois eu sei, há muita coisa que estava prevista, mas não estava feita e nós estamos concentrados em fazer", afirmou.
Na sua intervenção, o primeiro-ministro aproveitou ainda para destacar, como tem feito por várias vezes, a boa situação económica e financeira do país.
"Temos estabilidade económica, somos um dos países da Europa que tem, mesmo nas dificuldades atuais, um melhor desempenho na sua economia. Temos estabilidade financeira, como poucos têm na Europa: somos um dos quatro países que tem contas públicas superavitárias, ou seja, temos um excedente no nosso saldo orçamental e que é constante e que vai continuar nos próximos anos", assegurou.
Por estas razões, defendeu, Portugal tem condições para ser, "não obstante as incertezas e as tensões internacionais, um porto seguro para investir e para acreditar".
Na cerimónia, que contou com a presença dos ministros Adjunto e da Coesão Territorial, Castro Almeida, da Educação Fernando Alexandre, e da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes, o primeiro-ministro elogiou o aproveitamento feito pelo Governo dos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) na inovação e digitalização.
No entanto, aproveitou para deixar um recado para dentro do próprio executivo.
"Não se esqueçam que esta agilidade da relação entre a administração e o cidadão é aquela que nós também queremos entre os departamentos da administração", afirmou, dizendo não compreender como ainda são "transportados fisicamente" documentos de um departamento do Estado para outro.
[Notícia atualizada às 13h24]
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