O Metropolitano de Lisboa manifestou-se disponível para negociar, com as organizações sindicais, as reivindicações dos trabalhadores que estiveram hoje em greve, encerrando a circulação entre as 06h30 e as 10h00.
"A administração do Metropolitano de Lisboa mantém toda a disponibilidade materializada nas mais de 15 reuniões formais já realizadas em 2024 com as organizações sindicais para prosseguir todos os processos negociais em curso", escreve a empresa em comunicado.
Os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa cumpriram hoje uma greve parcial, entre as 06h30 e as 10h00, devido aos "incumprimentos sucessivos" da transportadora quanto a pagamentos e ao Acordo de Empresa.
Em declarações à Lusa na terça-feira, a representante sindical Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), explicou que os trabalhadores exigem o pagamento das denominadas variáveis (trabalho suplementar e feriados) e o cumprimento do Acordo de Empresa.
Relativamente aos incumprimentos do Acordo de Empresa, o sindicato aponta questões como as condições de trabalho, a progressão das carreiras e a redução do horário de trabalho.
Em relação ao pagamento das variáveis, o Metropolitano de Lisboa explica, em comunicado, que a questão encontra-se em "apreciação pelos tribunais competentes", depois de as nove decisões já proferidas entre os 31 processos apresentados pelos trabalhadores não terem sido consensuais.
"A empresa não pode tomar decisões que competem aos tribunais, aguardando, portanto, o desenvolvimento de jurisprudência que permita atuar de forma segura e legítima", acrescenta.
Quanto ao regulamento de carreiras, o Metropolitano de Lisboa sublinha a disponibilidade da Administração para prosseguir as negociações com as organizações sindicais que representam os trabalhadores.
Estão em cima da mesa questões como regulamento de carreiras e diminuição do horário máximo de trabalho para 37,5 horas semanais.
"Certamente será possível (...) encontrar as plataformas de entendimento necessárias à continuidade da melhoria diária do serviço público prestado aos nossos clientes", conclui o comunicado.
De acordo com o balanço da Fectrans, a greve de hoje teve uma adesão a rondar os 85% a 90%, levando ao encerramento de todas as estações entre as 06:30 e as 10:00.
No dia 14 de novembro, os trabalhadores voltam a estar em greve entre as 05h00 e as 10h00.
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