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Solução de dois Estados "é ponto de partida". "Não se deve perder tempo"

Marcelo Rebelo de Sousa volta a apontar a solução de dois Estados independentes de Israel e Palestina como o caminho a seguir, mas advertiu que é necessária mais ação para evitar uma maior polarização de posições.

Solução de dois Estados "é ponto de partida". "Não se deve perder tempo"

Marcelo Rebelo de Sousa acredita o que projeto de coexistência pacífica dos Estados independentes de Israel e da Palestina, a solução que reúne “consenso internacional”, “é um ponto de partida” na discussão sobre o conflito na região.

Ao responder a perguntas do público na inauguração do Centro de Direitos Humanos da Amnistia Internacional em Portugal, esta terça-feira, o Presidente da República advertiu, porém, que “o ponto de partida está mais complicado do que o que estava”, por via da intensificação de posições opostas. “Aqueles que eram a favor deste ponto de partida têm perdido tempo e os que têm posições radicais contra este ponto de partida têm ganho peso”, disse.

Recorde-se que, no dia em que três países europeus - Espanha, Irlanda e Noruega - anunciaram que iam reconhecer o Estado da Palestina, na semana passada, o chefe de Estado considerou que ainda "não é o momento adequado" para Portugal seguir o mesmo caminho, ainda que tenha deixado claro que Portugal sempre defendeu essa solução “em linha com as Nações Unidas”.

Esta terça-feira, em Oeiras, Marcelo Rebelo de Sousa explicou que “a situação é complicada” e que isso “é mais uma razão para não se perder tempo”. ”Devemos fazer tudo o que facilita a posição dos que querem que haja esse entendimento e devemos evitar ao máximo aquilo que é feito por aqueles que não querem esse entendimento”, acrescentou.

Sublinhe-se que Espanha, Noruega e Irlanda comprometeram-se a reconhecer formalmente a Palestina como Estado a partir de hoje, juntando-se a mais de 140 países que já o fizeram em todo o mundo num momento em que Israel tem em curso, desde outubro, uma ofensiva militar na Faixa de Gaza.

O embaixador israelita em Portugal, Dor Shapira, considerou uma "decisão vergonhosa" o reconhecimento do Estado da Palestina pela Espanha, Noruega e Irlanda e espera que Portugal "mantenha a posição" de reconhecer "no momento e com os intervenientes certos".

Já o embaixador da Palestina em Lisboa, Nabil Abuznaid, instou o governo português a "apoiar verdadeiramente os palestinianos", juntando-se aos países europeus que reconheceram um Estado palestiniano independente e soberano.

Sublinhe-se que o Centro de Direitos Humanos da Amnistia Internacional está sediado no Edifício Parque Oceano em Santo Amaro de Oeiras, tendo sido inaugurado esta terça-feira, por ocasião do 63.º aniversário da fundação da Amnistia Internacional.

Marcelo Rebelo de Sousa discursou ladeado pela presidente da direção da secção portuguesa da Amnistia Internacional Portugal, Patrícia Filipe.

Leia Também: Palestina insta governo português a "apoiar verdadeiramente os palestinianos"

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