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PSP sequestrado tinha contratado prostituta. Vítima mortal era proxeneta

Um agente da PSP matou um homem na madrugada de segunda-feira, alegadamente em legítima defesa. O caso, sabe-se agora, tem contornos mais complexos do que o inicialmente avançado.

PSP sequestrado tinha contratado prostituta. Vítima mortal era proxeneta
Notícias ao Minuto

20:53 - 04/04/24 por Notícias ao Minuto

País PSP

O homem que morreu às mãos de um agente da Polícia de Segurança Pública (PSP) na madrugada de segunda-feira, seria proxeneta e ameaçava o oficial na esperança de obter mais dinheiro pelos serviços de uma prostituta que teria sido por este contratada, avança esta quinta-feira o semanário Expresso.

As primeiras declarações sobre o caso davam conta de que o agente da PSP teria sido abordado na zona de Algés, enquanto estava na sua viatura, tendo sido obrigado a dirigir-se à sua residência sob ameaça de arma de fogo.

Agora, no entanto, o semanário revela que o caso terá contornos diferentes. A vítima mortal será um proxeneta que terá exigido mais dinheiro ao agente da autoridade pelos serviços sexuais prestados pela sua cúmplice - uma prostituta.

O polícia "terá ido à procura de alguma diversão", disse fonte próxima do processo ao Expresso, que apurou que o agente, quando estava fora de serviço, combinou um encontro amoroso com a mulher.

À PSP, e depois à Polícia Judiciária (PJ) - que considerou "credível" grande parte dos eventos relatados -, o agente em questão confessou que foi obrigado a dirigir-se a um terminal multibanco para levantar dinheiro e entregá-lo ao suposto proxeneta. Depois, tê-lo-á ameaçado com uma arma falsa, convencido de que o polícia teria mais dinheiro em casa.

Por isso, e acompanhado da sua cúmplice, obrigou-o alegadamente a conduzir até à sua residência, em Benfica. Uma vez lá, a mulher terá ficado no carro enquanto os dois homens entravam no apartamento. No interior da residência, os ânimos ter-se-ão exaltado, acabando com o agente a atingir a tiro mortalmente o homem na zona do tórax, com a sua arma de serviço.

O agente foi constituído arguido e ficou em liberdade. Está, no entanto, a ser alvo de um procedimento disciplinar por parte da Direção Nacional da PSP. O caso está, em simultâneo, a ser investigado internamente pela Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI).

"O agente prestou depoimento um dia depois da morte do seu raptor. Falou e colaborou connosco", contou fonte próxima do processo ao semanário.

Já a mulher foi detida e colocada em prisão preventiva pelos crimes de roubo e sequestro.

Leia Também: Prisão preventiva para cúmplice de raptor abatido por PSP em Lisboa

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