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Covilhã inaugura escultura de homenagem a quem lutou pela liberdade

A inauguração de uma escultura de homenagem "aos covilhanenses que lutaram pela liberdade", a instalar na Praça do Município, é um dos destaques do programa comemorativo dos 50 anos do 25 de Abril na Covilhã, apresentado hoje.

Covilhã inaugura escultura de homenagem a quem lutou pela liberdade
Notícias ao Minuto

19:47 - 16/03/24 por Lusa

Cultura 25 de Abril

Segundo a presidente da Comissão das Comemorações, Elisa Calado Pinheiro, o conjunto escultórico a inaugurar no Dia da Cidade, em 20 de outubro, pretende lembrar "os que lutaram, resistiram e sofreram pela liberdade".

No concelho da Covilhã há registo de 510 presos políticos e, na noite de 24 de abril, esses nomes serão projetados no centro da cidade, num momento em que artistas locais vão entoar canções e recitar poemas relacionados com a Revolução dos Cravos, depois de uma arruada e antes de subir ao palco a banda Sons do Minho.

O presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, agradeceu aos que "abriram caminho para a liberdade", aos que "foram audazes" e se atreveram "a desafiar o silêncio e a rasgar mordaças" - alguns presentes no Salão Nobre do município -, e frisou que a celebração dos 50 anos de democracia deve servir para que esses tempos "nunca se repitam".

O autarca salientou a importância de os valores de Abril não serem esquecidos ou desvalorizados.

"Não podemos deixar que a incerteza ou o descontentamento nos volte a conduzir a tempos sombrios, escuros, sem esperança", alertou Vítor Pereira, para quem "celebrar Abril não é um dever ou obrigação, é uma forma de luta".

Elisa Pinheiro reforçou o enfoque dado à participação cívica da população, especialmente das crianças e jovens em idade escolar, com o programa comemorativo, que se estende de abril de 2024 a abril de 2025.

"Importa que, por não terem vivenciado o 25 de Abril, [os mais novos] possam vir a conhecê-lo de viva voz, através de alguns dos protagonistas locais da nossa história. É esta, talvez, a melhor forma de passarem a valorizar o preço da liberdade de que usufruem hoje e o nível de desenvolvimento aos mais diversos níveis", realçou a presidente da Comissão, que integra 18 pessoas.

O programa contempla eventos literários, exposições, espetáculos, ações educativas e de cidadania, tertúlias mensais, concertos, oficinas de música criativa, um ciclo de cinema, arte pública, um concurso de leitura, arruadas e um tributo aos autarcas do concelho, em 23 de outubro.

Elisa Pinheiro, antiga diretora do Museu dos Lanifícios, sublinhou que as iniciativas programadas pretendem "interrogar os ecos atuais do tempo inaugurado a partir do final da ditadura".

"Quando as evocações se circunscrevem a glorificar o passado, impedem que o presente se transforme em futuro", considerou a presidente da Comissão, para quem a celebração deve servir para "constituir ensejos, estudar problemas, meditar diretrizes, criticar certezas dogmáticas".

O município pretende divulgar mensalmente as iniciativas programadas e, em abril, além das iniciativas na noite de 24, há um concerto com Cristina Branco no dia 27, no Teatro Municipal da Covilhã, com a fadista a cantar músicas de Zeca Afonso.

Dois dias antes, em 25, são inauguradas a instalação artística "Cravos de Abril" e a exposição documental "A Covilhã de Abril de 74".

Leia Também: 25 Abril: Mêda assinala 50 anos de Abril nas freguesias do concelho

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