Funcionário do Garcia de Orta detido ameaçava utentes "vulneráveis"
O homem foi detido e intercetado no interior do hospital, onde tirava proveito da "especial vulnerabilidade das vítimas que davam entrada, muitas com problemas graves de saúde", para levar a cabo vários "crimes". Ficou em prisão preventiva.
© Global Imagens
País Almada
O funcionário de 35 anos que foi detido por roubo, no dia 19 de fevereiro, terá aproveitado o seu cargo nas urgências do Hospital Garcia de Orta, em Almada, para ameaçar e coagir os utentes que davam entrada naquela unidade, alguns dos quais "vulneráveis" devido à idade e problemas de saúde graves.
O homem foi detido e intercetado no interior do hospital, onde tirava proveito da "especial vulnerabilidade das vítimas que davam entrada, muitas com problemas graves de saúde", para levar a cabo vários "crimes de furto e crimes de abuso de cartão de garantia ou de cartão, dispositivo ou dados de pagamento", segundo adiantou a Polícia de Segurança Pública (PSP), em comunicado.
"Alguns destes crimes são agravados por ter havido ameaças e coação sobre as vítimas, algumas delas vulneráveis em razão da idade", complementou a mesma nota.
O suspeito terá roubado "objetos em ouro que os doentes possuíam", assim como cartões de débito e de crédito. Em duas situações, terá mesmo "coagido e ameaçado as vítimas a entregar-lhe os códigos", com os quais "fazia as mais variadas compras, tendo inclusivamente comprado relógios, perfumes, e objetos de ouro de valor elevado".
Além disso, o homem penhorava os objetos de ouro que furtava, tendo recebido, no total, "vários milhares de euros".
"Para consubstanciar a prova, foram realizadas quatro buscas, uma domiciliária à residência do suspeito e três não domiciliárias, tendo sido apreendido vários objetos e artigos relacionados com os crimes praticados", recordou a PSP, que apontou ainda que a esposa do suspeito também foi constituída arguida, por terem sido encontrado indícios de que foi cúmplice em alguns destes crimes.
O homem encontra-se, agora, em prisão preventiva.
As autoridades apelaram a que eventuais vítimas que não tenham apresentado queixa "entrem em contacto com a Esquadra de Investigação Criminal de Almada presencialmente, ou através [do número] 212721407 ou do e-mail stbeicalmada@psp.pt".
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