Meteorologia

  • 07 MAIO 2024
Tempo
26º
MIN 12º MÁX 26º

"Vendeu-a por 50 mil €". Tio de Joana diz acreditar que menina está viva

João Cipriano foi condenado pelo homicídio da sobrinha, juntamente com a irmã e mãe da criança, Leonor Cipriano. Apesar disso, 20 anos depois, continua a garantir que nada teve que ver com o desaparecimento de Joana.

"Vendeu-a por 50 mil €". Tio de Joana diz acreditar que menina está viva
Notícias ao Minuto

10:45 - 09/02/24 por Notícias ao Minuto

País Desaparecimento

O caso de Joana Cipriano, uma menina de oito anos que desapareceu sem deixar rasto, a 12 de setembro de 2004, de um bairro de Portimão, no Algarve, continua bem fresco na memória dos portugueses apesar de já terem passado duas décadas.

Num primeiro momento, Leonor Cipriano, a mãe da criança, ainda pediu ajuda para encontrar a filha. Contudo, rapidamente tornou-se na principal suspeita de um crime.

A algarvia acabou por ser condenada, em 2005, juntamente com o irmão, João Cipriano, a mais de 16 anos de prisão efetiva pelo homicídio de Joana, apesar de o corpo nunca ter sido encontrado.

Já cá fora, depois de terem cumprido cinco sextos da pena na prisão e estarem agora em liberdade condicional, ambos continuam a negar o assassinato violento da menina. 

"Tinha vendido a miúda a um casal de estrangeiros"

Esta quinta-feira, 8 de fevereiro, o tio de Joana deu uma entrevista exclusiva ao programa Linha Aberta, da SIC, onde voltou a reiterar a sua inocência e a incriminar a irmã de ter "vendido a miúda".

"No dia 12, a minha irmã disse que já tinha vendido a miúda a um casal de estrangeiros. Disse-me que ia vender a filha por 50 mil euros. Já estava combinado", começa por dizer, acrescentando que ainda viu um "carro preto lá em casa".

"Quando voltámos para casa do café, já estava um carro preto lá em casa. A minha irmã entrou lá para dentro com a minha sobrinha. A Joana ficou, a Leonor saiu e o carro arrancou […] Ainda a tentei convencer a não o fazer, mas ela disse que não era eu que estava a passar fome mais os filhos", disse João Cipriano, explicando que a família, constituída pela Leonor, pelo marido Leandro e pelos três filhos, viviam num quarto e realmente "passavam fome".

Na mesma entrevista, o homem nega qualquer ato de violência contra a sobrinha, garantido que se dava "muito bem com a Joana" e que até "ia com ela ao café" para lhe comprar "pastilhas e rebuçados".

João Cipriano, que acredita que a sobrinha está viva, nega ainda ter tido relações sexuais com a irmã e que este tenha sido o motivo do crime, como chegou a avançar o Ministério Público (MP) na tese de acusação original, algo que acabou por não ser dado como provado em tribunal.

Recorde-se que, apesar de o corpo da menina nunca ter sido encontrado, Leonor e João Cipriano foram condenados a 16 anos e 8 meses de prisão por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Para os juízes de Portimão, a dupla matou a criança de forma violenta e cortou o corpo "para escondê-lo".

No acórdão, citaram vários meios de comunicação social na altura, ambos usaram da "sua força desproporcional relativamente à de uma criança de oito anos só parando [de bater] quando a mataram, apesar de ela sangrar pelo nariz, boca e têmpora".

Leia Também: Portuguesa condenada por homicídio apanhada a tentar fugir para Marrocos

Recomendados para si

;
Campo obrigatório