Dinai Alves Gomes, de 41 anos, foi condenado a 36 anos e 10 meses de prisão por ter matado três mulheres brasileiras, cujos corpos foram encontrados numa fossa séptica, no hotel para cães e gatos onde trabalhava, em Cascais.
A decisão foi proferida a 24 de novembro, no Tribunal do Júri na 3ª Vara Federal Criminal da Subseção Judiciária de Belo Horizonte, praticamente 7 anos após o crime.
O caso remonta a 2016, conta o portal G1, referindo que as mulheres - de 16, 21 e 28 anos, respetivamente - foram dadas como desaparecidas em janeiro desse ano, acabando por ser descobertos os seus corpos em agosto.
A Polícia Federal deteve Dinai em setembro de 2016, em Belo Horizonte, para onde tinha conseguido fugir após cometer o crime. Foi, então, considerado suspeito de matar e ocultar os cadáveres das vítimas. Já em janeiro de 2017, o homem foi indiciado por três homicídios qualificados, roubo, tripla ocultação de cadáver e invasão de dispositivos informáticos.
Em comunicado, o Ministério Público brasileiro afirmou, na altura, que, "de acordo com a acusação, o suspeito matou as brasileiras Lidiana Neves Santana e Thayane Milla Mendes Dias para assegurar a execução de outro crime, o homicídio da também brasileira Michele Santana Ferreira, alegada amante de Dinai, que viria a ocorrer horas mais tarde".
"O objetivo era evitar que a mulher do pedreiro no Brasil descobrisse o relacionamento extraconjugal", adianta o documento.
Dinai Alves Gomes morava em Portugal desde 2004, trabalhando como encarregado geral do Canil e Gatil Quinta Monte dos Vendavais, situado em Tires.
Embora tivesse uma mulher e uma filha no Brasil, o pedreiro começou um relacionamento com Michele Santana Ferreira, que emigrara para Portugal em 2008.
Depois de cometer os assassinatos, Dinai terá ocultado os três cadáveres. O acusado também teria cometido alguns roubos investigados em Portugal.
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