O diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ), Luís Neves, adiantou, esta segunda-feira, que o organismo "ainda não foi chamado" pelo Ministério Público (MP) para intervir nas diligências do processo de investigação ao caso das gémeas com atrofia muscular espinhal que foram tratadas com Zolgensma, um medicamento que custa mais de dois milhões de euros, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
"A PJ não foi chamada a intervir neste caso, ainda. Mas, normalmente, não falamos do que temos ou do que não temos em investigação", disse o responsável em declarações à imprensa.
Luís Neves ressalvou, contudo, que o órgão está "sempre disposto a receber as investigações que são da sua esfera de competência", quando encaminhadas pela procuradora-geral da República, Lucília Gago.
Sublinhe-se que, segundo confirmou a Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Notícias ao Minuto, "o processo encontra-se em investigação no Departamento Central de Investigação e Ação Penal Regional de Lisboa e, por ora, não corre contra pessoa determinada". O caso está também a ser averiguado pela Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS), além de ser objeto de uma auditoria interna no Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte, do qual faz parte o Hospital de Santa Maria.
[Notícia atualizada às 11h30]
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