'Euros Negros'. Usou identidade falsa para tentar burlar donas de quinta
Aconteceu no concelho de Alenquer, distrito de Lisboa.
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País Alenquer
Um homem de 38 anos foi detido por fortes indícios da prática de crime de burla qualificada, na forma tentada, e de falsificação de documentos, agravada, no distrito de Lisboa.
De acordo com um comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso, a Policia Judiciária (PJ) dá conta que o suspeito dedicava-se a "uma prática criminosa, vulgarmente designada por 'Euros Negros ou marcados'".
O homem terá visitado uma quinta, situada no concelho de Alenquer, tendo-se apresentado às duas proprietárias que a exploram comercialmente como sendo filho de um general de um país africano, mostrando-se interessado em adquirir o imóvel, pelo qual ofereceu 2,5 milhões de euros, revela aquela autoridade.
O homem terá adiantado que faria o pagamento em numerário, uma vez que aguardava a chegada de um diplomata que lhe traria uma quantia de 4,8 milhões de euros, "pretendendo aplicá-la toda na concretização de negócios imobiliários em Portugal", lê-se ainda.
Para dar a ideia de que era efetivamente um investidor com vastos recursos financeiros, convidou as empresárias a reunir-se com ele em unidades hoteleiras luxuosas, de cinco estrelas, localizadas em Lisboa, onde se registou com identidades falsas e lhes mostrou uma mala, com bastantes maços de supostas de notas.
O suspeito "alegou que as notas vinham marcadas com um sinal para evitar que o transportador, mesmo sendo um diplomata, caísse na tentação de furtar a mala e, na sequência disso, conseguisse gastar o dinheiro". Além disso, como as notas possuíam essa marca "que necessitava de ser retirada com uma solução química própria", o homem solicitou às empresárias que pagassem o valor de trezentos mil euros.
Para as convencer a entregar-lhe o dinheiro, prometeu reembolsá-las nesse montante, com um acréscimo de 15% dos 4,8 milhões de euros, negócio que as mulheres recusaram, participando os factos à PJ.
Além da detenção do suspeito, que atuava com nomes e documentos falsos, aquela autoridade realizou também buscas domiciliárias e não domiciliárias, tendo apreendido "um abundante e relevantíssimo acervo probatório da prática deste tipo de crimes", sublinha.
O homem, que é cidadão estrangeiro, foi presente a primeiro interrogatório judicial, para a aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.
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