Em comunicado publicado na rede social Facebook, a CIL afirma que em "Portugal não há espaço nem lugar para intolerância e para o ódio".
"Os atos de barbárie e de terrorismo praticados pelo Hamas foram e são desumanos e não devem ser confundidos com a causa palestiniana. Não confundimos os terroristas com o povo palestiniano. Não seremos intimidados", realça.
Considerando o ato de vandalismo revoltante e confiando nas autoridades portuguesas, a CIL adiantou que os autores devem responder "exemplarmente pelos crimes de ódio perante a justiça".
"Não estamos perante um ato de liberdade de expressão. Estamos no domínio da ofensa, do antissemitismo, do antissionismo e do ataque a uma comunidade religiosa e de pessoas pacíficas. O aproveitamento político do massacre e mutilação cruel de milhares de pessoas é simplesmente abjeto e por isso estamos solidários com a comunidade judaica vítima desta ação deplorável", acrescenta.
A sinagoga do Porto -- a maior da Península Ibérica -- foi hoje vandalizada com inscrições "Libertem a Palestina" no muro e no portão.
No portão da sinagoga lia-se a inscrição "Libertem a Palestina" e nos muros "Acabem com o 'apartheid' de Israel".
No sábado, o Hamas desencadeou um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar, tendo feito mais de uma centena de reféns, civis e militares.
Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como "Espadas de Ferro", causando a morte de mais de 900 pessoas.
Uma alta patente militar israelita indicou que o número de mortos ultrapassou os mil.
O Hamas controla a Faixa de Gaza desde 2006 e é classificado como terrorista pela União Europeia, Estados Unidos e Israel.
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