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Arquitetos querem clarificação dos atos próprios na revisão do estatuto

Quase três mil arquitetos assinaram uma petição em que pedem a clarificação dos atos próprios da profissão no âmbito da revisão dos estatutos da Ordem dos Arquitetos, que dizem impor um "retrocesso na arquitetura".

Arquitetos querem clarificação dos atos próprios na revisão do estatuto
Notícias ao Minuto

18:54 - 12/07/23 por Lusa

País Ordem dos Arquitetos

Com quase 2.850 assinaturas, a petição surge contra a proposta de lei que altera os estatutos de associações públicas profissionais e para defender que "a arquitetura continue a ser feita por arquitetos".

Em declarações à agência Lusa, Avelino Oliveira, primeiro subscritor, explica que a proposta do Governo é ambigua quanto a quem pode desempenhar atos próprios da profissão, abrindo a porta a um retrocesso no que respeita a uma das principais conquistas da classe.

"O problema maior é nas câmaras municipais, com a não obrigatoriedade de os arquitetos [municipais] estarem inscritos na Ordem", sublinhou Avelino Oliveira, afirmando que essa exceção cria a ideia de arquitetos de primeira e de segunda e desqualifica a forma como os projetos são avaliados.  

"Quando estamos a garantir que se aplicam os instrumentos de gestão territorial, estamos a fazer a cidade", sustenta o arquiteto, que argumenta que "são atos próprios da profissão e complexos" que a revisão dos estatutos da Ordem parece querer reduzir a atos administrativos.

De acordo com Avelino Oliveira, os arquitetos esperam ser ouvidos pela comissão parlamentar de Trabalho, Segurança Social e Inclusão e propor uma solução simples: "Que escrevam exatamente o mesmo que escreveram para o estatuto da Ordem dos Engenheiros".

Isto porque, segundo os peticionários, a proposta de alteração aos estatutos das ordens dos Engenheiros e dos Engenheiros Técnicos preserva os respetivos atos próprios, levando os arquitetos a falar numa "diferença de tratamento injustificada" que "acentua a desigualdade com que é tratada a associação profissional específica dos arquitetos".

Na petição, defendem que "os atos reservados aos arquitetos dependam de inscrição na Ordem" e que "os trabalhadores dos serviços e organismos públicos, que realizam atos de arquiteto e atividades de verificação, aprovação, auditoria ou fiscalização de atos de arquitetura, também devam ser membros efetivos da respetiva Ordem profissional".

O Governo aprovou, em 15 de junho, o diploma que altera os estatutos de 12 ordens profissionais, adaptando-os ao estipulado no regime jurídico de criação, organização e funcionamento das associações públicas profissionais.

Leia Também: Arquitetos do Norte contra revisão estatutária da ordem profissional

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