Organização das marchas de Lisboa frisa que júri "é soberano"
A Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC) do município de Lisboa esclareceu hoje que o júri do concurso das marchas populares "é soberano", num comentário ao protesto da marcha de Marvila
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País EGEAC
A marcha de Marvila colocou em causa o 12.º lugar conquistado no concurso das marchas populares que decorreu na noite de quinta-feira em Lisboa, que teve como vencedora a marcha de Alfama.
O diretor de programação cultural da EGEAC, Pedro Moreira, disse à agência Lusa que apenas recebeu "protesto verbal" da marcha de Marvila e sublinhou que "o pedido de esclarecimento formal será remetido ao júri, para que se possa pronunciar sobre os critérios que permitiram definir a classificação".
"A EGEAC conhece verbalmente a argumentação da marcha de Marvila, que considera que o bairro não ficou bem classificado e não aceita o 12.º lugar. Ouvi-os e expliquei que não é a EGEAC que faz qualquer tipo de avaliação. Terá de ser sempre o júri a explicar os critérios, a EGEAC não tem qualquer tipo de intervenção", disse.
Pedro Moreira salientou que "é normal marchas pedirem esclarecimentos sobre a sua classificação", porque, sublinhou, "como trabalham um ano inteiro para os desfiles, podem sentir de alguma forma que foram lesadas, por entenderem que mereciam uma classificação melhor".
O responsável da EGEAC adiantou que o júri do concurso, presidido por Pedro Franco, elabora um relatório até final deste mês, com as grelhas de pontuação, para ser entregue a todas as coletividades participantes no certame. Não havendo reclamações, a classificação é homologada em julho.
Moreira explicou, também, que a não inclusão inicial da classificação de Marvila nos meios da EGEAC foi "um erro ao transpor o ficheiro", mas garantiu que a situação foi detetada e retificada "rapidamente".
Os elementos da marcha de Marvila protestaram hoje pela "classificação injusta" na 82.ª edição das Marchas Populares de Lisboa, que teve novamente como vencedor o bairro de Alfama.
No desfile das marchas populares na avenida da Liberdade participaram 22 marchas, 20 das quais entraram em competição.
As marchas populares foram avaliadas no MEO Arena e na avenida da Liberdade, nas categorias de Coreografia, Cenografia, Figurino, Melhor Letra, Musicalidade, Melhor Composição Original e Desfile na Avenida.
Por categorias, Alcântara foi o bairro melhor classificado na coreografia e no figurino, Alfama na cenografia, enquanto Alfama e Castelo e Graça ("ex-aequo") conquistaram o título de melhor letra e Marvila o de melhor musicalidade.
A melhor composição original foi de Marvila, com o tema "Das Quintas Partem Cavalos", e o melhor Desfile da Avenida da Liberdade foi o de Alfama.
Esta foi a 82.º edição das Marchas Populares de Lisboa, subordinada ao tema "Peregrinação", numa alusão aos 400 anos da obra de Fernão Mendes Pinto, aventureiro e explorador.
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