IPSS da área da deficiêcia mental exigem aumento de verbas do Estado

As instituições particulares de solidariedade social dedicadas à deficiência mental exigiram hoje "um aumento significativo" das transferências de verbas do Estado para fazerem face aos aumentos salariais aprovados para este ano.

Notícia

© Shutterstock

Lusa
02/06/2023 13:40 ‧ 02/06/2023 por Lusa

País

IPSS

"Sabemos que todas as IPSS estão muito debilitadas financeiramente. Devido à pandemia e à inflação. Só os custos com energia e alimentação aumentaram 50% e existem muitas instituições que se veem forçadas a recorrer a empréstimos para cobrir as despesas correntes", denunciou em comunicado a Humanitas -- Federação Portuguesa para a Deficiência Mental.

Para a presidente da Humanitas, Helena Albuquerque, o problema reside nos acordos de cooperação com o Estado: "Não nos permitem pagar mais. Basta fazermos algumas contas fáceis para verificarmos que, nos últimos cinco anos, o apoio estatal por cada utente diminuiu drasticamente em percentagem. Os aumentos dos acordos de cooperação não acompanharam o acréscimo do custo médio/utente das nossas Instituições."

Em comunicado, a mesma responsável afirmou que não está contra o aumento dos ordenados e considerou que os trabalhadores até ganham pouco para o trabalho que fazem, mas sustentou que um acordo assinado, em abril, entre a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS) e a Confederação Nacional de Instituições de Solidariedade (CNIS), para atualização da tabela salarial, está a colocar problemas de sustentabilidade às instituições.

Assim, exigiu um aumento significativo das transferências e não "reforços extraordinários", como aconteceu no ano passado e poderá suceder este ano. "Não podemos estar dependentes desta arbitrariedade e, que fique bem claro, estes apoios extraordinários não chegam para as nossas IPSS poderem sair da situação muito delicada em que se encontram", declarou.

No documento, salienta-se também que o facto de as IPSS pagarem baixos ordenados está a colocar-lhes um problema de retenção de talentos.

"Os anúncios de emprego sucedem-se porque os profissionais só trabalham nestas instituições até encontrarem um emprego melhor, constatou Helena Albuquerque, alertando que as IPSS que atuam na área da deficiência mental já têm "muitas dificuldades" em contratar terapeutas.

Leia Também: Porto. Trabalhadores das IPSS e misericórdias reclamam aumentos "dignos"

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas