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PS e PSD traçam no parlamento visões opostas sobre realidade da Madeira

PS e PSD traçaram hoje no parlamento um retrato completamente oposto da realidade da Madeira, com os socialistas a destacarem a alta taxa de pobreza e "os conluios" na região e os sociais-democratas o trabalho dos seus Governos regionais.

PS e PSD traçam no parlamento visões opostas sobre realidade da Madeira
Notícias ao Minuto

17:58 - 25/05/23 por Lusa

País Parlamento

Depois de o PSD ter realizado jornadas parlamentares no Funchal na segunda e terça-feira, e com eleições na região depois do verão, os dois maiores partidos escolheram a Madeira como tema das suas declarações políticas no plenário da Assembleia da República.

"Na sua visita à Região, ouvimos o presidente do PSD, Luís Montenegro, dizer que 'na Madeira, vê-se o Portugal que queremos'. Ou desconhece a realidade da Madeira ou quer Portugal nas ruas da amargura. A Madeira é a Região do país com maior taxa de risco de pobreza e exclusão social", afirmou o socialista Miguel Iglésias.

Além de problemas em áreas como a saúde ou a educação, o deputado do PS apontou também perigos ao nível das instituições: "Na Madeira, infelizmente, temos uma rede de dependências, de conluios, de interesses obscuros, de corrupção que mantém no poder quase há 50 anos o mesmo partido que controla todos os setores, públicos e privados".

Já o líder parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, elegeu a Madeira como "a região do país em que a transformação foi mais notável" nos últimos 50 anos, ligando este desenvolvimento à governação sempre social-democrata desde 1976 e deixando uma expectativa para as regionais de outubro.

"O Governo Regional da Madeira, liderado pelo PSD, em coligação com o CDS-PP, continuará a sua ação em prol do desenvolvimento da região e do bem-estar dos madeirenses e dos porto-santenses", anteviu.

Com ironia, o deputado e ex-presidente da IL João Cotrim Figueiredo acusou o PS de criticar na Região Autónoma o que elogia no Continente e o PSD de fazer o contrário

"Nenhum sai bem nesta fotografia. Após 48 anos de governação do PSD nota-se um certo bafio, não estará na altura de abrir umas janelas e deixar entrar uma brisa liberal nas regionais do outono?", questionou.

Pelo Chega, Rui Paulo Sousa criticou o PSD por trazer "propaganda turística" sobre a Madeira, considerando que não é essa a realidade dos madeirenses, com o BE e o PCP a acusarem o PSD de eleitoralismo e PAN e Livre a alertarem contra perigos de poder hegemónico na Região.

PS e PSD trocaram ainda acusações sobre as opções dos dois partidos na revisão constitucional, depois de, nas jornadas sociais-democratas na Madeira, o antigo líder parlamentar do partido Guilherme Silva ter criticado a opção a nível nacional de substituir o Representante da República por um mandatário para cada Região.

O deputado do PS Miguel Iglésias assinalou os "raspanetes em público" e acusou o PSD de "absoluto desrespeito pelos órgãos próprios das Regiões Autónomas", com a deputada do PSD Sara Madruga da Costa a lamentar que os socialistas tenham "apresentado zero" nesta matéria, admitindo que as propostas do partido no capítulo das autonomias podem ser melhoradas.

Na resposta, o PS justificou nada ter apresentado em matéria de autonomias nesta revisão constitucional por respeito às Assembleias Legislativas da Madeira e dos Açores, que estão a discutir "propostas de reforma do sistema político regional, do Estatuto Político-Administrativo e da Lei das Finanças Regionais".

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