Sindicato saúda acordo entre trabalhadores da TVI e administração
O Sindicato dos Jornalistas (SJ) saudou hoje a "determinação" dos trabalhadores da TVI no processo negocial de aumento de salários, que em plenário na sexta-feira aprovaram uma proposta da administração que foi apresentada pela Comissão de Trabalhadores.
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"O acordo prevê aumentos salariais de 11,7% para os salários mais baixos, ou seja, até 1.000 euros; 5,7% para salários entre os 1.000 e os 2.000 euros; 4,1% entre os 2.000 e os 3.000 euros; 3,3% entre os 3.000 e os 3.750 euros; e 0,9% entre os 3.750 e os 6.000 euros", detalha o SJ, em comunicado.
Presente no plenário, o SJ "acompanhou os trabalhadores da Media Capital na luta por melhores condições de trabalho" e "exortou os jornalistas da TVI a manterem a união para garantirem o cumprimento deste acordo, e para que seja cumprida a promessa de aumentos salariais para 2024 (mínimo 3% para salários até 3.750 euros)", adiantou a sindicato.
Alertou ainda os trabalhadores "para o facto de alguns dos pontos contidos na proposta de negociação com a administração já estarem garantidos na Lei Geral de Trabalho, como o pagamento de trabalho em dia feriado e subsídio de penosidade, e comprometeu-se a fiscalizar o cumprimento da lei, que na empresa tem sido muitas vezes ignorado".
O sindicato "lembra que a luta dos trabalhadores nunca se faz sem o envolvimento dos próprios, como provam as mais recentes iniciativas na TVI, só possíveis porque o SJ impediu a administração de atropelar mais uma vez a lei, ao tentar inviabilizar ilegalmente a realização de uma greve, evocando ser uma empresa do setor das telecomunicações e, por isso, ter direito à imposição de serviços mínimos".
Ora, tal "não era verdade, como comprovou a DGERT [Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho], e que foi essencial na luta dos trabalhadores", concluiu o SJ.
Também o Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações e Comunicação Audiovisual (STT) destacou o facto de os trabalhadores da Media Capital, dona da TVI, terem aceitado a última proposta da administração sobre aumentos dos salários.
"Os avanços conseguidos nesta negociação só foram possíveis com o empenho e unidade dos trabalhadores com as ERCT (CT e Sindicatos) em torno de uma causa justa como é a negociação de melhores salários e melhores condições de trabalho", refere o STT, em comunicado.
"A determinação para a luta e a marcação de um dia de greve foi determinante e decisivo para quebrar a intransigência da administração em negociar aumentos salariais, a prática neste grupo tem sido a administração decide, quando decide, e os trabalhadores não 'acatam'", salienta.
O STT refere que, "além dos avanços conseguidos, foi assumido pela administração que em 2024 haverá mais aumentos salariais (mínimo em 3%) e o subsídio de refeição será atualizado para 9,60 euros (cartão)".
Além da atualização salarial, a proposta aprovada inclui "aumento do subsídio de refeição pago em cartão para 8,32 euros por dia (estava em 7,63 euros), tudo com retroativos a janeiro", a "majoração das férias em três dias", pelo que os trabalhadores passam a ter 25 dias de férias já este ano, o "aumento do valor da pernoita/subsídio de penosidade de 40 euros por noite a partir do primeiro dia (era 30 euros e só era pago a partir do terceiro dia)", adianta o sindicato.
Inclui também a garantia das coberturas do seguro de saúde sem qualquer aumento para os trabalhadores em 2023.
"Para garantir uma empresa melhor para todos os trabalhadores, é necessário manter a unidade e fiscalizar permanentemente a aplicação deste acordo, nomeadamente a sua aplicação em todas as empresas do grupo Media Capital", refere, adiantando que o STT "espera que a administração passe a concentrar energias em políticas de gestão mais humanistas, que valorizem os trabalhadores e que respeite a legislação laboral".
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