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Lisboa faculta 18 casas para cerca de 40 polícias viverem em coabitação

A Câmara de Lisboa aprovou hoje a disponibilização de 18 fogos municipais nos bairros Alfredo Bensaúde e Padre Cruz, para que cerca de 40 polícias possam viver em regime de coabitação.

Lisboa faculta 18 casas para cerca de 40 polícias viverem em coabitação

Em reunião pública do executivo camarária, a proposta de um protocolo de parceria entre os Serviços Sociais da Polícia de Segurança Pública e a empresa Gebalis -- Gestão do Arrendamento de Habitação Municipal de Lisboa, que prevê a disponibilização de 18 fogos nos bairros Alfredo Bensaúde e Padre Cruz, foi viabilizada entre os 17 membros da câmara.

A proposta teve um voto contra do BE, cinco abstenções, nomeadamente duas do PCP, duas do Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre) e uma do Livre, e 11 votos a favor, designadamente sete da liderança PSD/CDS-PP, que governa sem maioria absoluta, e quatro do PS.

Na apresentação da proposta, a vereadora da Habitação, Filipa Roseta (PSD), disse que se trata de um novo protocolo de parceria, em que o primeiro tinha afetos oito fogos municipais para dar resposta a necessidades de alojamento a elementos da Polícia de Segurança Pública (PSP) deslocados, mas que não teve execução.

O novo protocolo passa de oito para 18 fogos municipais a disponibilizar pela Gebalis para alojamento da PSP, indicou Filipa Roseta, adiantando que estão localizados nos bairros Alfredo Bensaúde e Padre Cruz, para acolher cerca de 40 polícias em regime de coabitação.

A vereadora da Habitação adiantou ainda que os fogos no bairro Padre Cruz estão prontos para ser entregues.

O vereador do BE, Ricardo Moreira, manifestou-se a favor da criação de alojamento para grupos profissionais como os polícias, mas questionou se a localização dos fogos a atribuir à PSP teve o aval doas comunidades dos bairros, sugerindo o adiamento da votação para esclarecer a posição dos grupos comunitários.

Como a proposta acabou por ser votada e por considerar que "pode parecer uma iniciativa securitária", o BE decidiu votar contra.

Também a vereadora do PCP Ana Jara quis saber se a proposta foi discutida com os grupos comunitários, ao que a responsável pelo pelouro da Habitação disse que "no bairro Padre Cruz já foi debatido e é mais do que bem-vindo", mas ainda não houve oportunidade de falar com a comunidade do Alfredo Bensaúde.

No entanto, Filipa Roseta reforçou que os fogos não são para a construção de esquadra, mas para habitação dos polícias deslocados da área de residência.

O presidente da câmara, Carlos Moedas (PSD), afirmou que esta proposta é "uma boa notícia para a PSP", deixando "um grande agradecimento à Gebalis".

Carlos Moedas reforçou a importância de dar condições de alojamento a grupos profissionais que trabalham na cidade todos os dias, nomeadamente elementos da PSP, polícias municipais, professores, enfermeiros e médicos, em que muitos vêm de fora de Lisboa e se depararam com a impossibilidade de pagar uma renda.

Estes 18 fogos são "um primeiro passo" para ajudar no alojamento dos elementos da PSP, apontou o presidente da câmara, indicando que está também a trabalhar com o Ministério da Administração Interna e com a Direção Nacional da PSP para resolver o problema de recrutamento de polícias municipais.

A Polícia Municipal de Lisboa "deveria ter 600 efetivos, mas só tem 450", informou Carlos Moedas, insistindo com a necessidade de ter mais 50 este ano e mais 150 até ao final do mandato.

Além destes 18 fogos, a câmara está disponível para apoiar a construção de residências para polícias em Lisboa, mas o projeto ainda está a ser fechado pelo Ministério da Administração Interna e pela Direção Nacional da PSP.

Por unanimidade, o executivo camarário aprovou dar início ao procedimento administrativo de elaboração do Regulamento de Atribuição e Gestão de Espaços Não Habitacionais do Município de Lisboa.

Nesta reunião pública, foi também viabilizada, por unanimidade, a Carta de Princípios da Política de Dados Abertos do Município de Lisboa para o cumprimento da Política de Dados Abertos e, nesse seguimento, submeter à aprovação da Assembleia Municipal o Plano de Dados Abertos para a Cidade de Lisboa para o período 2023-2027.

Leia Também: CML quer disponibilizar 18 casas para polícias viverem em coabitação

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