Finlândia retira embaixadora de Lisboa (após queixas dos funcionários)

O Governo finlandês vai propor a cessação do mandato da embaixadora finlandesa em Lisboa, para "garantir que a embaixada se mantém funcional", após queixas dos funcionários de assédio e comportamento inapropriado da diplomata, anunciou hoje a diplomacia finlandesa.

Fachada da Embaixada da Finlândia na Rua do Possolo, Lisboa

© JnpoJuwan/Creative Commons

Lusa
02/07/2025 13:11 ‧ ontem por Lusa

País

Finlândia

Em comunicado enviado à Lusa, o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) finlandês adiantou que a ministra, Eliana Valtonen, "decidiu hoje propor ao Presidente da República que ponha termo ao cargo de embaixadora Titta Maja-Luoto como Chefe de Missão na Embaixada da Finlândia em Lisboa, a fim de garantir que a Embaixada se mantém funcional".

 

As autoridades ressalvam que a decisão "não constitui uma sanção ao abrigo da legislação que rege os funcionários públicos, mas uma medida destinada a garantir que o pessoal da Embaixada tenha um ambiente de trabalho favorável".

Segundo o MNE finlandês, a ministra "tomou a decisão após consultar os altos funcionários públicos e a unidade de recursos humanos do Ministério dos Negócios Estrangeiros". 

O ministério vai iniciar "imediatamente o processo de seleção de um novo chefe de missão para a embaixada", indicou a mesma nota informativa.

O MNE referiu ainda que "o relatório de segurança e saúde ocupacional apresentado ao ministério será tratado num processo separado de acordo com a legislação que rege os funcionários públicos", cujo resultado será anunciado posteriormente.

Todos os funcionários da embaixada e da residência oficial da Finlândia em Lisboa, incluindo três portugueses, apresentaram uma queixa por assédio e comportamento inapropriado contra a embaixadora, que rejeitou as acusações.

Dois dos queixosos adiantaram à Lusa, na semana passada, que a queixa foi apresentada ao MNE finlandês em fevereiro pelos sete funcionários contra a diplomata Titta Maja-Luoto, em funções em Portugal desde setembro passado, embora o alegado assédio tenha sido inicialmente comunicado às autoridades desde outubro.

Os trabalhadores referem situações de assédio, intimidação, insultos, discriminação tendo em conta a idade, comportamento racista e abuso emocional.

Os funcionários apresentaram também uma queixa junto da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) portuguesa. 

Leia Também: Embaixadora finlandesa em Lisboa nega acusações. Equipa "sob stress"

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