Metro há anos sem travões de emergência e seguranças
Uma série de artigos publicados na edição de hoje do jornal i dão conta de vários problemas no Metro de Lisboa. Há dois anos que não há travões de emergência, a legislação comunitária que exige exames psicológicos periódicos aos maquinistas não tem sido cumprida e há até períodos de horas em que as estações não têm segurança alguma.
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País Transportes
A Metro Lisboa está há dois anos sem travões de emergência e o horário entre as 12h e as 17h não tem rondas de segurança, revela uma reportagem do jornal i. O Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres (IMT), órgão a quem compete a eficácia e segurança dos equipamentos, não terá respondido às questões colocadas pelo diário.
Uma falha nos freios eletromagnéticos detetada em 2012 obrigou a que a empresa desativasse este sistema de travagem. Fontes do i ligadas ao setor ferroviário adiantam que em caso de necessidade um maquinista não conseguiria imobilizar o comboio sem que três das carruagens já tivessem na estação. Esta será, aliás, uma das razões pelas quais a Metro Lisboa optou por uma redução global da velocidade de 60 km/h para 45 km/h.
Desde 2012 também que a empresa terá deixado de ter seguranças a fazer rondas entre as 12h e as 17h. Ao i a Metro Lisboa terá adiantado que tal se deve à estreita colaboração com a PSP, que permite a redução da vigilância privada. No entanto, da parte da polícia surge a posição é outra: tais competências escapam à alçada da polícia.
Esta redução da vigilância estará diretamente relacionada com o esforço que a empresa está a desenvolver para controlar custos. No ano passado, 35 dos 181 assaltos ocorridos nas instalações do metro terão sido cometidos durante o período entre as 12h e as 17h.
A Metro Lisboa também já não realiza exames psicológicos periódicos, levando a cabo avaliações apenas quando há indicação da parte do médico da medicina do trabalho. O procedimento é semelhante ao da CP, que terá deixado de fazer exames periódicos obrigatórios ainda em 2007, mas contraria uma diretiva comunitária.
A empresa de transportes tem atualmente uma despesa de cerca de 22 mil euros por ano só na limpeza de carruagens vandalizadas com graffitis. Segundo o i, o problema é conhecido dentro da empresa, que tem a seu cargo 55 estações e uma extensão de rede de 45 quilómetros. Mas há dúvidas relativamente ao facto de algumas das pinturas serem feitas em locais vedados, sem que existam sinais visíveis de arrombamento.
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