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Trabalhadores da Parques de Sintra em plenário na quarta-feira

Os trabalhadores da Parques de Sintra-Monte da Lua vão reunir-se em plenário na quarta-feira junto ao Ministério do Ambiente, onde pretendem entregar uma carta para abordar condições de trabalho e aumentos salariais, segundo fonte sindical.

Trabalhadores da Parques de Sintra em plenário na quarta-feira
Notícias ao Minuto

10:30 - 14/03/23 por Lusa

País Ministério do Ambiente

Em declarações à agência Lusa, Pedro Salvado, coordenador da secção Distrital de Lisboa do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Publica (SINTAP), adiantou que os 300 trabalhadores querem ser recebidos pelo ministro para abordar a situação laboral na empresa, de capitais públicos, que gere espaços como o Parque e Palácio Nacional da Pena e de Queluz, no concelho de Sintra.

"Os trabalhadores exigem aumentos salariais condignos. A empresa está com dificuldades em reter pessoas para trabalhar. Os salários são baixos, estamos a falar de pessoas qualificadas. Dou como exemplo: das pessoas que entraram este ano para a empresa, 50% já saíram", disse.

Segundo o sindicalista, a empresa enfrentou dificuldades durante a pandemia de covid-19, tendo sido obrigada a contrair um empréstimo, que ainda está a pagar.

"A desculpa da empresa é que, por causa da dívida, não pode aumentar salários. Mas, neste momento, a empresa já tem condições para o fazer", realçou, acrescentado que, se nada for feito, para mudar a situação, os trabalhadores admitem avançar com quatro dias de greve no período da Páscoa.

Pedro Salvado contou que o SINTAP apresentou, em 15 de dezembro do ano passado, uma proposta reivindicativa que representava uma atualização salarial de 7,5%, garantindo um aumento mensal não inferior a 80 euros para todos os trabalhadores.

"Os trabalhos exigem igualmente a valorização das carreiras de assistentes técnicos e chefes de equipa, a valorização dos técnicos superiores, aproximando o seu salário ao que está em vigor na Administração Pública para uma manutenção dos quadros e evitando a fuga dos trabalhadores mais qualificados, bem como a consagração do seguro de saúde no Acordo de Empresa", segundo o SINTAP.

Perante "o silêncio" da presidência do conselho de administração da Parques de Sintra -- Monte da Lua (PSML), e após nova reunião em janeiro, onde não foi apresentada nenhuma contraproposta, os trabalhadores decidiram reformular a proposta reivindicativa para este ano.

Assim, e após novo plenário realizado em 06 de março, que levou ao encerramento das portas de todos os espaços turísticos, os trabalhadores admitiram partir para a greve, caso nada seja feito.

De acordo com o SINTAP, os trabalhadores exigem um aumento de mais 14% para trabalhadores que fazem 40 horas semanais e mais 7% para os que fazem 37,5 horas semanais.

Exigem um aumento mínimo de 52 euros para todos os trabalhadores, salário de 1.320 euros no início da carreira de técnico superior, subsídio de alimentação no valor de 8,32 euros, retroativos a janeiro deste ano e seguro de saúde no Acordo de Empresa.

A PSML é uma empresa de capitais exclusivamente públicos, criada em 2000,sendo acionistas a Direção-Geral do Tesouro e Finanças, o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas, o Turismo de Portugal e a Câmara Municipal de Sintra.

A empresa é responsável pela gestão do Parque e Palácio de Monserrate, Castelo dos Mouros, Palácio Nacional de Sintra, Parque e Palácio Nacional da Pena, Convento dos Capuchos, Chalet e Jardim da Condessa d'Edla, Farol do Cabo da Roca, Palácio Nacional e Jardins de Queluz, Vila Sassetti, Escola Portuguesa de Arte Equestre e Santuário da Peninha.

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