A porta-voz e deputada única do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Inês Sousa Real, considerou, esta segunda-feira, a "postura inaceitável" da Igreja após a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) ter decidido, na sexta-feira, não afastar, para já, os padres suspeitos de abusos sexuais.
Numa nota na rede social Twitter, a deputada apontou ainda que a Igreja "tem de fazer mais, muito mais para reparar as vítimas e para garantir que nenhum abusador continua em funções".
Inês Sousa Real lembrou ainda a importância de promover "o apuramento da identificação completa e a responsabilização dos mesmos".
Uma postura inaceitável por parte da Igreja, que tem de fazer mais, muito mais para reparar as vítimas e para garantir que nenhum abusador continua em funções, promovendo o apuramento da identificação completa e a responsabilização dos mesmos.https://t.co/6HEYjoCUrE
— Inês de Sousa Real (@lnes_Sousa_Real) March 6, 2023
Recorde-se que, na sexta-feira, a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) reagiu ao relatório sobre os abusos na Igreja, com D. José Ornelas a dizer que foram entregues a cada diocese a lista dos nomes dos alegados abusadores, destacando ainda que cada diocese decidirá as medidas a aplicar a cada caso.
D. José Ornelas elaborou ainda que a Igreja vai "analisar nome a nome", e que o "processo canónico é independente do processo civil".
"Se houver outros documentos que nos cheguem para identificar o eventual abusador e o que fez de errado, evidentemente, tomaremos as respetivas medidas", vincou.
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