"Houve coletes que não insuflaram". Os testemunhos do naufrágio em Lagoa
Várias pessoas que seguiam a bordo da embarcação que naufragou no distrito de Faro apontaram falhas na operação. Houve quem considerasse a segurança no barco como "ridícula".
© Autoridade Marítima Nacional
País Naufrágio
Alguns dos turistas que estavam no barco que naufragou, esta segunda-feira, em Lagoa, no distrito de Faro, garantiram que alguns coletes salva-vidas não funcionaram e que houve demora no tempo de resposta.
"A segurança naquele barco era ridícula", referiu uma das 36 pessoas que estavam a bordo, em declarações à SIC Notícias. "As ondas eram muito grandes e o barco foi abalado", continuou a explicar o mesmo passageiro, que sublinhou que não havia condições para o capitão seguir para o mar. Garantiu ainda que as vítimas do naufrágio - que foram todas registadas como leves - estavam a ser identificadas e que ninguém "estava a fazer nada para ajudar".
Já um outro passageiro explicou que foram momentos de aflição os que se viveram na embarcação. "A tripulação começou a entrar em pânico também. Levantaram um equipamento de emergência, a água começou a entrar para o motor e havia fumo", notou, contando que a mesma equipa pediu que todos se dirigissem para a proa do barco. "A popa começou a afundar", referiu.
Apontando para uma outra passageira que estava ao seu lado, o homem contou que "houve coletes que não insuflaram" quando, perante o cenário de naufrágio, tiveram de saltar para a água.
"Havia um barco grande que nos tentou ajudar, mas havia muitas pessoas espalhadas por ali. Foi muito triste", explicou a mulher, que apontou ainda a resposta tardia por parte das autoridades. "A Guarda Costeira chegou tarde, quando todos já estávamos no [outro] barco", rematou.
Recorde-se que uma embarcação de recreio naufragou hoje ao início da tarde, na zona do concelho de Lagoa, no Algarve, com 36 pessoas a bordo. As vítimas foram todas classificadas como feridos leves e no grupo encontravam-se quatro crianças, com idades entre os seis e os 14 anos. Não foi necessária qualquer avaliação numa unidade hospitalar e os turistas foram encaminhados para os hotéis onde se encontravam.
A Polícia Marítima vai também abrir um inquérito para apurar as causas do naufrágio.
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