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SJ defende melhorias na proposta europeia de regulação dos media

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) afirmou hoje que é favorável à proposta europeia de regulação dos media, o European Media Freedom Act ou Regulamento Liberdade dos Meios de Comunicação Social, mas defendeu melhorias no documento.

SJ defende melhorias na proposta europeia de regulação dos media
Notícias ao Minuto

12:57 - 29/11/22 por Lusa

País Sindicato dos Jornalistas

Esta proposta do Parlamento Europeu visa "regular o ambiente" dos media na Europa a 27, o que inclui medidas para reforçar a proteção das fontes, a independência dos jornalistas face aos administradores das empresas e reforçar a capacidade de ação das entidades reguladoras, entre outras medidas.

O European Media Freedom Act (EMFA) foi apresentado em 16 de setembro e está em consulta pública até vésperas de Natal, 23 de dezembro.

O documento estabelece "regras que limitam a possibilidade dos governos imporem conteúdos editoriais, usarem 'spyware' ou pressionarem os jornalistas a revelar fontes", explicou a vice-presidente da Comissão Europeia para os Valores e Transparência, Vera Jourová, durante o seminário 'Safeguarding Media Freedom: the role of the European Union' -- Proteger a Liberdade de Imprensa: o papel da União Europeia (UE) -- que juntou jornalistas e representantes sindicais dos 27, em Estrasburgo, França, em outubro, e no qual o Sindicato dos Jornalistas esteve presente.

Assim, após uma primeira análise da proposta, o SJ "partilha a visão da Federação Europeia de Jornalistas (FEJ), que, apesar de algumas preocupações" com a mesma, considera que o EMFA "vai na direção certa e é um sinal político importante" para o futuro do jornalismo na Europa, ameaçado pelas dificuldades financeiras, que o fragilizam num contexto agravado pelo crescimento da autocracia e a proliferação da desinformação e das 'fake news', refere.

"O Sindicato dos Jornalistas já teve a oportunidade de expressar a sua preocupação com a fragilidade financeira do ecossistema mediático em Portugal que se agravou na sequência da pandemia e agora pela guerra na Ucrânia" e "alertou ainda para a necessidade de se encontrarem mecanismos a nível europeu que possam minimizar os efeitos das dificuldades económicas decorrentes das crises dos últimos anos".

A estrutura sindical que representa os jornalistas "reconhece que a legislação proposta tem avanços interessantes para a profissão, mas realça, como fez nos encontros havidos, a necessidade de dar mais capacidade de intervenção às entidades reguladoras, por exemplo, e alerta para o perigo que a crescente concentração dos media representa para a pluralidade da informação e para a diversidade no jornalismo -- problema a que a UE está atenta, conforme posição vertida no EMFA".

A proposta de regulação está disponível em https://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/PDF/?uri=CELEX:52022PC0457&from=EN.

O SJ "partilha, ainda, a posição da FEJ, segundo a qual 'a sustentabilidade dos media no setor digital é largamente ignorada' na proposta da UE".

Ou seja, "é necessária uma intervenção adicional, em particular no que diz respeito ao modelo de negócio dos agregadores de notícias e da indústria tecnológica, para garantir que as empresas jornalísticas mantêm viabilidade durante a transição digital e que o jornalismo público é protegido", de acordo com a FEJ, organização que representa 320 mil jornalistas, em 44 países.

É sublinhada ainda a necessidade de reforçar mecanismos sobre a transparência da titularidade dos meios de comunicação social.

Em Portugal, a Lei da Transparência está em vigor desde 2015.

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