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Padre abusador? Diocese de Lamego "nada sabia" e "não recebeu denúncia"

Responsáveis "manifestam-se prontos a apoiar cristã e solidariamente todos os sofredores".

Padre abusador? Diocese de Lamego "nada sabia" e "não recebeu denúncia"
Notícias ao Minuto

10:27 - 28/10/22 por Notícias ao Minuto

País Padre

No seguimento da detenção do padre António Júlio - acusado de escravizar e abusar de um homem incapaz de resistência -, a Diocese de Lamego emitiu, esta quinta-feira, um comunicado onde afirma, em conjunto com "o seu Bispo e a sua Comissão Diocesana de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis e o seu Presidente", "nada saber dos eventuais factos que correm na comunicação social"

Num curto comunicado de apenas três pontos, a entidade afirma, igualmente, "não ter recebido até ao presente qualquer denúncia a esse propósito" e vinca que os responsáveis se "mantêm atentos à evolução da situação" e se "manifestam prontos a apoiar cristã e solidariamente todos os sofredores".

Recorde-se que, ontem, um padre, de 63 anos e sem antecedentes criminais, foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) "fortemente indiciado pela prática dos crimes de tráfico de pessoas e abuso sexual de pessoa incapaz de resistência." "Trata-se do padre António Pinto, de Numão, em Vila Nova de Foz Côa", no distrito da Guarda, disse fonte policial à agência Lusa.

A PJ, em comunicado enviado às redações, adiantou que, "por decisão judicial proferida em 2017, o arguido foi nomeado tutor da vítima, tendo-a acolhido na sua residência, oferecendo-lhe trabalho, em troca de alojamento e alimentação, sem qualquer outro pagamento".

Contudo, "aproveitando-se das incapacidades psíquicas e da especial vulnerabilidade da vítima", o arguido "veio depois a exigir-lhe serviços sexuais, fechando-o em casa e vedando-lhe qualquer contacto com o exterior quando recusava aceder aos seus propósitos".

A vítima, um homem de 44 anos, vai ser instalada num centro de acolhimento e proteção especializado para vítimas de tráfico de seres humanos. Já o detido será presente à autoridade judiciária competente para primeiro interrogatório judicial e aplicação das medidas de coação.

Leia Também: Padre escravizou e abusou sexualmente de homem "incapaz de resistência"

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