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Incêndios. Militares 'deram' quase 8 voltas ao mundo durante patrulhas

As patrulhas militares que estiveram envolvidas na vigilância e deteção de incêndios este verão percorreram 302.176 quilómetros, o equivalente a 7,5 voltas ao mundo, pela linha do equador, disse hoje a ministra da Defesa.

Incêndios. Militares 'deram' quase 8 voltas ao mundo durante patrulhas
Notícias ao Minuto

18:34 - 27/09/22 por Lusa

País Incêndios

Helena Carreiras esteve na tarde desta terça-feira com uma patrulha do Exército na vigilância aos incêndios rurais, tendo ouvido a explicação dos responsáveis pelas Forças Armadas do papel que os militares têm cumprido no dispositivo.

Foram mais de dez mil militares dos três ramos empenhados em cerca de 2.200 missões de vigilância e deteção de incêndios, rescaldo, engenharia e apoio logístico, "no âmbito de protocolos vários entre o Exército e as Forças Armadas, a partir do apoio do Comando Conjunto de Operações Militares com várias entidades locais e outras entidades nacionais e sob a direção da ANEPC [Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil] e GNR, conforme os diferentes protocolos e circunstâncias", disse a ministra da Defesa.

Segundo a Helena Carreiras, foram ainda efetuadas "cerca de 1.400 horas de voo nos diferentes meios aéreos das Forças Armadas encarregues de apoiar a ANEPC na vigilância e deteção de incêndios".

"Quero fazer um agradecimento muito especial e muito sentido a todos os militares, sobretudo do Exército, mas também dos outros ramos das Forças Armadas, e às entidades envolvidas, que fizeram um trabalho extraordinário, magnífico, de grande disponibilidade", reforçou a ministra.

Helena Carreiras destacou o "trabalho extraordinário" dos militares, que não se cinge apenas aos meses de verão, mas continua "no resto do ano proporcionando segurança às populações".

"Foi-me referido, por várias vezes, a importância da presença dos militares no terreno" também como aspeto "dissuasor", "na vigilância e no apoio às populações, no apoio logístico também às várias outras entidades, bombeiros, proteção civil, etc, que estão no terreno".

Um trabalho também no "rescaldo" e em "tarefas mais especializadas em engenharia" ou "no apoio logístico, com a alimentação e o conjunto de outros bens que são necessários para apoiar o trabalho de proteção".

A ministra considerou que as alterações climáticas são "uma verdadeira ameaça à nossa segurança e, portanto, as Forças Armadas participam, em articulação com as entidades responsáveis deste grande esforço de nos proteger, em particular, e de outras onde tem estado também com igual relevância", como quando há "catástrofes naturais ou inundações".

Helena Carreiras realçou ainda o "trabalho fundamental da Força Aérea" nas "missões conjuntas, na organização e nos meios aéreos, na operação dos meios aéreos, que até agora têm sido meios sobretudo locados".

"Nunca tivemos tantos meios aéreos disponíveis. Foram 60, e a Força Aérea teve um trabalho muito importante na organização, sempre, naturalmente, sob orientação da ANEPC e das entidades que planeiam estas missões, mas com uma intervenção muito relevante para que todo o sistema funcione", afirmou, ao referir que os drones "voaram o dobro das horas do ano passado".

Estas missões, tais como as de busca e salvamento, evacuações aeromédicas, transporte de órgãos e catástrofes naturais são "muitas áreas de apoio ao desenvolvimento e à qualidade de vida das populações, que são tão relevantes quanto as missões de soberania".

Helena Carreiras disse ainda que faz parte do ADN das Forças Armadas, "ajustarem-se e adaptarem-se àquilo que são as circunstâncias" e "cumprirem a sua missão sempre com muito cuidado com a segurança" "para os próprios militares" e "também para aqueles que visam proteger".

O chefe do Estado-Maior do Exército, José Nunes da Fonseca, afirmou estar disponível para estender os 11 protocolos estabelecidos com os municípios, embora, alerte que "os meios são finitos". Por isso, a prioridade é para os territórios com "maior risco de segurança no que diz respeito à prevenção e ao combate aos incêndios".

"As preocupações ambientais estão também na nossa dinâmica diária. Começámos nas unidades, sensibilizámos os nossos militares e sabemos que se tivermos que atuar em termos ambientais, assim o faremos, recebendo as diretivas superiores nesse sentido", afirmou José Nunes da Fonseca, ao referir que se não estiverem preparados, preparar-se-ão.

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