O Patriarcado de Lisboa indicou, através de um comunicado publicado no site oficial e datado desta segunda-feira, dia 1 de agosto, que "afastou o padre" suspeito de violação "de todas as funções".
Na nota, o Patriarcado sublinhou que "recebeu uma denúncia relativa a um possível crime de violação praticado por um sacerdote diocesano" e que o caso, "que não se enquadra no âmbito da Comissão de Proteção de Menores, foi comunicado às autoridades civis competentes".
"Ouvida a vítima e o sacerdote", o Patriarcado de Lisboa "decidiu dar início aos procedimentos canónicos previstos para este tipo de casos e afastou o padre de todas as suas funções até ao apuramento dos factos".
Na missiva, é ainda frisado que o "Patriarcado de Lisboa está totalmente disponível para colaborar com todas as autoridades competentes, tendo sempre como prioridade o apuramento da verdade e o acompanhamento das vítimas".
Sublinhe-se que este não é o mesmo caso reportado na semana passada, sobre um caso de abuso sexual de menores que terá sido ocultado.
"Tolerância zero desde a primeira hora"
O cardeal patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, assegurou, na sexta-feira, que "desde a primeira hora" deu instruções, no Patriarcado, "para que a Tolerância Zero e a Transparência Total sejam regra conhecida de todos" quanto a casos de abuso na Igreja.
Numa carta aberta em que procurou esclarecer o que "testemunhou" no caso do padre acusado de abuso denunciado em 1999 ao anterior patriarca, José Policarpo, Manuel Clemente disse aceitar que "este caso e outros do conhecimento público e que foram tratados no passado, não correspondem aos padrões e recomendações que hoje" todos querem "ver implementados".
[Notícia atualizada às 08h19 de 2 de agosto]
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