A propriedade ficou completamente tomada pelas chamas e, segundo disse à agência Lusa o autarca Nuno Mota, já nada foi possível fazer.
O incêndio começou sexta-feira em Bustelo, concelho de Chaves, distrito de Vila Real, foi dado como dominado durante a madrugada, mas esta tarde verificou uma reativação de grandes dimensões.
Nuno Mota referiu que esta aldeia viveu momentos de preocupação na sexta-feira, os quais se voltaram a repetir esta tarde, quando o fogo se reativou puxado pelo vento forte que se fazia sentir em Chaves.
O autarca descreveu que a casa "ficou completamente destruída", tendo ainda morrido alguns cães.
Segundo observou a Lusa no local, o proprietário saiu da quinta com apenas alguns pertences, como uma fotografia antiga de uma mulher e umas peças de roupa.
A propriedade, segundo testemunharam os vizinhos, estava com muito mato em toda a sua envolvente.
No local, a atuação dos bombeiros impediu que as chamas se propagassem para as casas mais próximas da quinta, localizada no centro da aldeia.
Momentos antes, Nuno Mota esteve também a lutar pela sua empresa de paletes, a qual conseguiu salvar, perdendo algumas destas paletes.
À volta da aldeia arderam alguns campos agrícolas, bem como mato e pinhal.
Este incêndio provocou ainda preocupação em Vila Meã e Agrela e atingiu outras casas devolutas na aldeia de Torre de Ervededo, bem como provocou danos em outras de primeira habitação.
O fogo provocou ainda cortes temporários de eletricidade e de água da rede e levou à retirada, preventiva, de 60 crianças que se encontravam no Parque de Campismo do Açude.
Para este incêndio estão mobilizados cerca de 300 operacionais e 90 viaturas.
Durante a tarde dois incêndios que lavraram em simultâneo em Chaves e Mesão Frio, no distrito de Vila Real, provocaram preocupações nos operacionais, segundo o comandante distrital de operações de socorro (CODIS), Miguel Fonseca.
Numa altura em que já se verificava a reativação do fogo de Bustelo, a Norte do distrito, houve um outro incêndio a Sul que "arrancou com muita força" em área de residências em Rojão do Meio, concelho de Mesão Frio.
Miguel Fonseca, CODIS de Vila Real, disse à agência Lusa que houve uma grande projeção de meios para os dois teatros de operações, sendo que o combate em Mesão Frio "está a correr favoravelmente".
Neste concelho estão mobilizados cerca de 80 operacionais com 20 viaturas.
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