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Costa diz que cimeira reforçou Aliança e que apoio à Ucrânia é essencial

O primeiro-ministro, António Costa, considerou hoje que a cimeira da NATO de Madrid ficou marcada por um reforço da Aliança e que o apoio à Ucrânia é "essencial" para diminuir "qualquer risco de ataque" a um país da organização.

Costa diz que cimeira reforçou Aliança e que apoio à Ucrânia é essencial
Notícias ao Minuto

14:21 - 30/06/22 por Lusa

País NATO

"Esta cimeira foi marcada por um reforço claro da NATO", disse António Costa, numa conferência de imprensa em Madrid no final dos trabalhos do encontro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês).

O primeiro-ministro português destacou o início do processo formal de adesão à aliança militar da Suécia e da Finlândia, a definição de um novo modelo de forças que levará ao aumento "da participação de todos os Estados-membros" nas ações e missões da NATO, ou o reforço de fundos comuns da organização, incluindo a criação de um novo dedicado à inovação em Defesa, entre outras medidas e compromissos alcançados na capital espanhola nos últimos dois dias.

"Agora que, com a invasão da Ucrânia por parte da Rússia, a guerra regressou à Europa é mais importante do que nunca reforçar esta nossa aliança coletiva", afirmou.

Em relação à Ucrânia, país que receberá um novo pacote de ajuda integral da NATO, como ficou acordado na cimeira, António Costa afirmou que os membros da Aliança Atlântica entendem as ajudas a Kiev "como elemento essencial para a dissuasão de qualquer risco de ataque a uma parcela do território NATO" e também como um reforço da "capacidade de defesa".

Apesar do protagonismo e prioridade assumidos pelo designado "flanco leste" da NATO, por causa da guerra na Ucrânia e da ameaça russa, na cimeira de Madrid foram também adotadas medidas e mantidos debates sobre as fronteiras da Aliança a sul, em especial no norte de África.

A este propósito, António Costa sublinhou a importância que foi dada à necessidade de a NATO "manter uma versão global de 360 graus" e não descurar a "prevenção e gestão de crises no flanco sul, onde todas as ameaças têm uma consequência direta" sobre a segurança euro-atlântica.

As ameaças oriundas do flanco sul identificadas pela NATO, em especial por países do sul da Europa, como Espanha, anfitriã da cimeira, estão relacionadas com movimentos de imigração ilegal e grupos terroristas, nomeadamente, na região do Sahel.

Para António Costa, sobretudo na perspetiva da "prevenção e gestão de crises", é preciso ter "particular atenção a tudo aquilo que ocorre no flanco sul e designadamente àquilo que ocorre em África".

"Pelas consequências que tem a desestabilização de uma região vizinha e pelo que significa em atraso ao desenvolvimento sustentável do continente africano, o que significa de geração de forças para reforçar a ameaça terrorista, por pôr em causa a segurança marítima" prosseguiu, sublinhando que é algo que "obviamente preocupa Portugal e daí a participação de forças portuguesas "num conjunto de missões" internacionais, como acontece na República Centro-Africana, no Mali, no Golfo da Guiné ou no patrulhamento das fronteiras externas da Europa.

Na Cimeira de Madrid foi também adotado um novo Conceito Estratégico para a NATO, o documento que define as ações e opões da Aliança a dez anos, no qual a Rússia foi declarada a maior e mais direta ameaça aos países da organização.

Pela primeira vez, a China é também referida neste documento estratégico e também pela primeira vez quatro países parceiros da NATO na Ásia e Pacífico (Japão, Coreia do Sul, Austrália e Nova Zelândia) estiveram numa reunião numa cimeira com os membros da Aliança Atlântica.

O resultado do encontro foi um reforço das parcerias com estes quatro países, atendendo aos "sérios desafios" que a China coloca, como afirmou na quinta-feira o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg.

Para António Costa, este encontro com "parceiros fundamentais do Indo-Pacífico" foi um dos momentos "muito importantes" da cimeira, a par de outro, que considerou "particularmente histórico", o da reunião inédita em Madrid da NATO com a União Europeia (UE), em que estiveram todos os Estados-membros do bloco comunitário, incluindo os seis que estão fora da Aliança Atlântica (Áustria, Chipre, Malta, Irlanda, Suécia e Finlândia).

No encontro, a UE "foi definida como parceiro único e essencial da NATO", sublinhou António Costa que, a par de outros líderes da Aliança, considerou a cimeira de Madrid "um marco histórico" na vida da organização.

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