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Relação de Coimbra precisa de mais seis juízes desembargadores

O presidente do Tribunal da Relação de Coimbra, Jorge Loureiro, defendeu hoje a necessidade de serem colocados, pelo menos, mais seis juízes desembargadores para ter um quadro aceitável, embora tenha reconhecido que estes números ficam aquém da solução ideal.

Relação de Coimbra precisa de mais seis juízes desembargadores
Notícias ao Minuto

15:49 - 15/06/22 por Lusa

País Tribunais

"Estamos a aguardar, relativamente ansiosos até, para ver que decisões vão ser tomadas no Conselho Superior da Magistratura sobre a colocação dos juízes desembargadores. Em função do grito de alerta que demos e dentro dos juízes desembargadores disponíveis, esperamos que nos possa contemplar com alguma coisa que seja significativa", disse.

O desembargador Jorge Loureiro já tinha aludido à necessidade de haver um reforço do número de juízes desembargadores na Relação de Coimbra, aquando da sua tomada de posse, em março.

"Do ponto de vista interno, é a situação mais angustiante que estamos a viver e estamos à espera de saber o que vem. O quadro de desembargadores, como disse e repito, é e vai continuar a ser, nos próximos anos, deficitário", destacou.

Em declarações à agência Lusa, o presidente do Tribunal da Relação de Coimbra informou que atualmente estão colocados 51 desembargadores, sendo o quadro mínimo de 57.

"Nesses 51, estou incluído eu, que não despacho processos, trato de outros assuntos. Temos os dois presidentes das secções criminais que não relatam processos, porque a função deles não é essa, e depois há um conjunto de colegas, uns fora da distribuição por razões de saúde, pelo menos três, e outros quatro em situação de redução de serviço", descreveu.

A despachar processos estão atualmente cerca de 40 juízes desembargadores, o que provoca "dificuldades severas, para conseguir manter um ritmo de trabalho constante, eficaz e fluente".

"Já me contentava que me dessem mais seis juízes desembargadores. Não é a solução ideal, mas já era uma solução aceitável", apontou.

À Lusa, o desembargador Jorge Loureiro evidenciou ainda que "os processos vão saindo com uma cadência regular", o que "implica esforços adicionais".

"Imaginando que um desembargador possa despachar, em média, por ano, 80 a 90 processos, nesta contingência e com este quadro de recursos humanos, esses volumes vão ser seguramente maiores. Implica esforços adicionais dos juízes desembargadores que cá estão, para conseguirem dar resposta a um volume de serviços que não era supostamente deles", concluiu.

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