Um recluso de 24 anos, a cumprir 17 anos de cadeia por homicídio qualificado, ocultação de cadáver, furto e falsificação de testemunho, executou este sábado de manhã um mata-leão a um guarda prisional no Estabelecimento Prisional do Linhó.
De acordo com Frederico Morais, da direção do Sindicato Nacional dos Guardas Prisionais ao Notícias ao Minuto, a agressão deu-se no momento da contagem de reclusos em que é feita a abertura de celas para assegurar que estão todos no interior.
Ao abrir a cela, o guarda foi surpreendido pelo homem em causa, tendo de seguida sido empurrado a porta, de modo que esta fechasse, e assim se defendesse.
O preso terá ainda ameaçado o guarda. "Filho da... Vou-te matar", de acordo com informação avançada ao Notícias ao Minuto.
Atualmente o recluso aguarda decisão para ser colocado em isolamento.
"Estamos a temer que uma catástrofe possa acontecer devido à falta de mão pesada da Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais", indica Frederico Morais, acrescentando que "se algo mais grave acontecer, o sindicato [dos guardas prisionais] irá até as últimas instâncias na Justiça".
Frederico Morais recorda ainda que "a última vez que o Linhó esteve com problemas graves só terminou com a intervenção do GISP". Intervenção essa ocorrida no ano de 2012 que acabou com três feridos ligeiros.
Refira-se que o Sindicato dos Guardas Prisionais tem alertado diversas vezes para a escassez de guardas prisionais que coloca em risco a segurança nas cadeias portugueses.
Esta é já a 4.ª agressão neste estabelecimento prisional no último mês. Ontem, dia 3 de junho, o Sindicato denunciou que, desde o dia 7 ao dia 31 de maio, contabilizam-se sete situações de agressão a guardas prisionais por parte de reclusos.
Leia Também: Sete guardas prisionais agredidos por reclusos em menos de um mês