Julgamento do homicídio de Mónica continua. O que aconteceu até agora?

O segundo dia da sessão ficou marcado por alguns momentos de tensão no exterior, com a mãe de Mónica Silva a tentar aproximar-se de Fernando Valente e a gritar "assassino".

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Notícias ao Minuto com Lusa
21/05/2025 08:01 ‧ há 5 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

País

Murtosa

Prossegue, esta quarta-feira, o julgamento do suspeito do homicídio de Mónica Silva, mulher grávida da Murtosa, esperando-se que sejam ouvidos uma inspetora da Polícia Judiciária (PJ) e familiares da vítima, nomeadamente a irmã gémea e o pai da mulher desaparecida. O que aconteceu até agora?

 

Ontem, o segundo dia do julgamento foi preenchido com a inquirição ao inspetor da PJ que liderou a investigação. Num comunicado divulgado ao final da tarde, o juiz presidente da Comarca de Aveiro indicou que ao longo de todo o dia foi inquirida a primeira testemunha indicada na acusação (inspetor da PJ), tendo a sessão sido interrompida cerca das 17h00.

A saída do suspeito, Fernando Valente, do Tribunal e a entrada na carrinha celular ficou marcada por alguns momentos de tensão, com a mãe de Mónica Silva a gritar "assassino" e a tentar aproximar-se do arguido, sem sucesso, devido à intervenção dos agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP) no local.

No primeiro dia, recorde-se, Fernando Valente, de 37 anos, que é suspeito de ter matado e escondido o corpo de Mónica Silva, negou a acusação. 

Em declarações à Lusa, o advogado Falé de Carvalho, que representa o viúvo e os dois filhos menores da vítima, referiu que durante a manhã o arguido prestou declarações perante o tribunal de júri e negou os factos que lhe são imputados pelo Ministério Público (MP).

"[Ele] negou tudo. Disse que não tinha praticado aqueles factos (...) e nega que a Mónica tenha estado na sua casa na Torreira, no dia 3", afirmou o advogado.

Ainda segundo o advogado, o arguido também terá negado a paternidade da criança que estava por nascer, adiantando que a única relação que teve com a vítima foi muito antes e que "os sete meses [idade do feto] não dá para ser filho dele".

O interrogatório ao arguido durou mais de quatro horas. Depois, seguiu-se a reprodução das declarações para memória futura prestadas por um dos filhos menores da vítima, com a duração aproximada de uma hora.

Estão marcadas sessões para os dias 22, 23, 26 e 27. 

O arguido, que teve uma relação amorosa com a vítima que terá resultado numa gravidez, está acusado dos crimes de homicídio qualificado, aborto, profanação de cadáver, acesso ilegítimo e aquisição de moeda falsa para ser posta em circulação.

O julgamento realizado com tribunal de júri (composto por três juízes de carreira e oito jurados), está a decorrer à porta fechada, sem a presença de público e jornalistas, porque a juíza titular do processo determinou a exclusão da publicidade da audiência de julgamento e demais atos processuais, para proteger a dignidade pessoal da vítima face aos demais intervenientes envolvidos, nomeadamente os seus filhos.

O arguido, que se encontra em prisão domiciliária, foi detido pela PJ em novembro de 2023, mais de um mês depois do desaparecimento da mulher, de 33 anos, que estava grávida com sete meses de gestação.

O MP acusa o arguido de ter matado a vítima e o feto que esta gerava, no dia 03 de outubro de 2023 à noite, no seu apartamento na Torreira, para evitar que lhe viesse a ser imputada a paternidade e beneficiassem do seu património.

A acusação refere ainda que durante a madrugada do dia 04 de outubro e nos dias seguintes, o arguido ter-se-á desfeito do corpo da vítima, levando-o para parte incerta, escondendo-o e impedido que fosse encontrado até hoje.

Leia Também: PJ ouvido no 2.º dia de julgamento do homicídio de grávida da Murtosa

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