Meteorologia

  • 06 MAIO 2024
Tempo
19º
MIN 13º MÁX 20º

Governo desafia associações de emigrantes a concentrarem-se

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, desafiou hoje as associações de emigrantes a reunirem-se numa organização que permita uma ligação entre Portugal e as estruturas representativas dos portugueses na diáspora.

Governo desafia associações de emigrantes a concentrarem-se
Notícias ao Minuto

13:52 - 26/03/14 por Lusa

País José Cesário

"Deixo um desafio: gostaria muito que daqui saísse uma nova estrutura interassociativa, uma estrutura que seja um elemento não para dirigir as associações, mas de ligação entre Portugal e as associações espalhadas pelo Mundo", afirmou o governante português, dirigindo-se aos 26 dirigentes associativos da diáspora que participam num curso de formação, a decorrer em Lisboa e Oeiras até sexta-feira.

Segundo José Cesário, teoricamente existem cerca de 3.000 associações de emigrantes, mas "na prática" há perto de mil, referiu, incentivando os dirigentes a atrair os mais jovens para o movimento associativo.

O governante, que já desempenhou o mesmo cargo no executivo de Durão Barroso, recordou que há dez anos foi criada "uma plataforma de dirigentes associativos juvenis à escala global", mas que "não teve sucesso", pelo que instou os participantes no encontro a criarem uma estrutura interassociativa.

"Não é o governo que cria, tem de ser a sociedade civil", disse José Cesário, recomendando que o futuro organismo "seja intergeracional" e tenha "uma representação global, com gente com mais experiência, com menos experiência e representativa dos vários continentes".

Para Portugal, sublinhou, "é vital a relação com as comunidades", mas "não é só por causa das remessas, do dinheiro ou do investimento, mas sobretudo pela promoção da imagem de Portugal no estrangeiro".

Na sessão de abertura do curso, o secretário de Estado do Desporto e Juventude, Emídio Guerreiro, defendeu que as associações de emigrantes devem ser "parceiros estratégicos" das organizações em Portugal, nomeadamente nas áreas da mobilidade e do desporto, que beneficiam de financiamentos comunitários.

"Há financiamento para mobilidade juvenil e também, pela primeira vez, para proporcionar intercâmbios no desporto, promovendo a ética e o combate ao 'doping'", referiu.

Emídio Guerreiro deu o exemplo dos programas de mobilidade e intercâmbio, em que as associações nacionais precisam de "parceiros noutros países", nomeadamente na Europa e nos países lusófonos.

Com os restantes países, não existem mecanismos de apoio, mas há que " abrir pontes também para as associações que tenham como parceiros preferenciais as associações juvenis portuguesas".

O objetivo, acrescentou, é "criar uma base de dados entre as associações portuguesas e as das comunidades" para trabalharem juntas e assim "potenciar a lusofonia em toda a linha".

O curso mundial de formação de dirigentes associativos da diáspora, que decorre até sexta-feira em Lisboa e Oeiras, reúne 26 responsáveis, oriundos de diversos países, como Brasil, África do Sul, Argentina, Estados Unidos, Luxemburgo, Canadá, Alemanha, Suíça, Bélgica, França, Espanha e Andorra.

O evento vai na segunda edição e é organizado pela Confraria dos Saberes e Sabores da Beira -- Grão Vasco. No final dos trabalhos, na sexta-feira, o grupo será recebido pelo primeiro-ministro na residência oficial de São Bento.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório