"É urgente que isto seja crime público", diz a bastonária dos enfermeiros
Ana Rita Pedroso Cavaco comentou as agressões ocorridas esta terça-feira a funcionários do Hospital de Famalicão.
© Ordem dos Enfermeiros
País Saúde
Após as agressões a enfermeiros e ao segurança do Hospital de Famalicão, a bastonária dos enfermeiros, Ana Rita Pedroso Cavaco, afirmou que "é urgente que isto seja crime público como a violência doméstica e é urgente a alteração das penas".
A indignação deste ato por parte de Ana Rita Cavaco é percetível quando diz ter visto "um rosto desfigurado, coberto de sangue" que podia ser o seu e admite que chorou "de impotência e revolta".
Segundo a bastonária dos enfermeiros, cinco pessoas "esbofetearam repetidamente uma enfermeira de 62 anos" e oito "pontapearam repetidamente o corpo e a cabeça" de outro enfermeiro" que, nas suas palavras "podia ter morrido".
De acordo com Ana Rita Pedroso Cavaco, ambos os profissionais de saúde "têm idade para dispensa de trabalho noturno, de acordo com a lei, mas não se importam de vestir a camisola porque não há enfermeiros suficientes".
Explicou, numa publicação na rede social Facebook, que não existe polícia na maioria dos Serviços de Urgência do país, sendo que "os poucos que têm são pagos pelos hospitais", acrescentando: "Como se o MAI [Ministério da Administração Interna] também não tivesse obrigação de nos proteger".
Referiu, ainda, que visitou nesta terça-feira o Serviço de Urgência do Hospital Amadora Sintra e que se deparou com "o mesmo cenário de manhã com a intervenção do corpo especial da polícia".
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