Heliporto do Hospital de São João no Porto começará a funcionar em 2023

A construção do heliporto no Hospital de São João, no Porto, fruto de um investimento de 1,7 milhões de euros, ficará concluída no final deste ano e aquele serviço, com ligação direta ao hospital, começará a funcionar em 2023.

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Lusa
11/02/2022 13:55 ‧ 11/02/2022 por Lusa

País

Hospital de São João

Na apresentação do projeto do heliporto, que decorreu na sala de reuniões do conselho de administração do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), o presidente daquele órgão administrativo, Fernando Araújo, disse esperar que o serviço esteja a funcionar "dentro de um ano".

"Esperamos concluir até ao final do ano a obra", salientou o presidente do conselho de administração do CHUSJ, não poupando nos agradecimentos aos autarcas do Porto, Maia e Valongo e à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-Norte) por "todo o apoio".

O heliporto nascerá numa plataforma elevada, com cerca de seis metros de altura, na pista existente e desativada há 20 anos.

Terá uma ligação direta ao hospital através de uma "manga" que conduz o doente ao serviço de urgência.

O heliporto será construído em altura para "facilitar o acesso e operação das ambulâncias que chegam ao hospital", esclareceu Fernando Araújo, acrescentando que debaixo da infraestrutura funcionará um 'hub' de mobilidade vertical".

Este 'hub', criado no âmbito da Zona Livre Tecnológica, atribuída recentemente pela Agência Nacional de Inovação (ANI) para a mobilidade aérea avançada em emergência médica, vai promover o desenvolvimento de novas tecnologias, como por exemplo 'drones' de transporte de órgãos, à semelhança do que é feito noutras estruturas hospitalares.

O heliporto será cofinanciado em 70% (o equivalente a 1,3 milhões de euros) pela União Europeia, através do Fundo Europeu para o Desenvolvimento Regional (FEDER), com o apoio da CCDR-Norte.

Durante a apresentação, o presidente da Câmara de Valongo, José Manuel Ribeiro, observou que o território e as populações "ganham quando os atores principais conseguem criar alianças" que, como o projeto do heliporto, "só acrescentam valor" ao Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Já o presidente da Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC), Duarte Silva, disse ser com "grande satisfação" que vê o projeto do heliporto arrancar, salientando que o "segredo" do mesmo foi ter juntado "entidades e pessoas a trabalhar para o mesmo fim".

Mostrando-se também satisfeito com a construção do heliporto, o presidente da CCDR-Norte, António Cunha, salientou o trabalho desenvolvido pelo São João ao longo do projeto, destacando que o hospital "tinha o trabalho de casa todo preparado".

Em declarações aos jornalistas, à margem da visita ao local onde nascerá o heliporto, Fernando Araújo salientou que aquela infraestrutura permitirá colmatar o "tempo de resposta a doentes graves e complexos".

"Daqui a um ano vamos ter uma nova capacidade e centralidade", disse, acrescentando que estes doentes chegam semanalmente ao hospital através de ambulâncias ou de outros heliportos da região, como de Matosinhos, mas cujo transporte até ao São João é também assegurado por ambulância.

"A ideia é centralizar todos esses transportes nesta estrutura", referiu.

Também aos jornalistas, o diretor do serviço de Urgência do CHUSJ, Nelson Pereira, afirmou que este é "um dia de comemoração" e que a "prova" de que o heliporto não é um projeto "impossível" é a sua concretização.

"É uma estrutura muitíssimo importante para a rede de urgência que é fundamental para os cuidados de saúde e tem enormes fragilidades. Quando estamos a falar de doentes críticos que estão à distância do hospital, a capacidade para os transportar em tempo útil é fundamental", notou, acrescentando que "hoje é um dia de regozijo".

Na sessão de apresentação do projeto marcaram também presença o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, o presidente da Câmara da Maia, Silva Tiago, o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, o diretor do Centro de Engenharia e Desenvolvimento -- CEiiA, José Rui Felizardo, e o bispo auxiliar de Lisboa, Américo Aguiar.

Leia Também: S. João investe 7,6 milhões para ter tratamento oncológico "mais eficaz"

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