O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) disse esta quinta-feira que espera que a situação de seca que todo o território nacional está a sentir se agrave ainda mais, pelo menos até ao final do mês de fevereiro.
Numa nota publicada no site do IPMA, o instituto não prevê "a ocorrência de precipitação significativa até ao dia 3 de fevereiro", pelo que, acrescenta, "será muito provável o agravamento da situação de seca meteorológica no final de fevereiro, em todo o território do continente".
Aliás, será preciso um cenário muito improvável para reverter a situação de seca grave que atravessa o país. Segundo o IPMA, para reverter a situação de seca em fevereiro, "seria necessário que nas regiões do Norte e Centro ocorressem quantidades de precipitação superiores a 200/250 mm e na região Sul superiores a 150 mm, situação que somente ocorre em 20% dos anos".
A #seca meteorológica que se iniciou em Portugal continental em novembro de 2021, mantém-se e agravou-se até 25 de janeiro. Até 3 de fevereiro não se prevê a ocorrência de precipitação significativa, pelo que a situação poderá agravar-se https://t.co/TtEuQEYTBI pic.twitter.com/nLvS0PudeO
— IPMA (@ipma_pt) January 27, 2022
Fazendo um balanço à situação de seca meteorológica, os dados do IPMA demonstram que, em dezembro, ocorreu "um aumento significativo da área e da intensidade da situação de seca, estando todo o território em seca, com 1% em seca fraca, 54% em seca moderada, 34% em seca severa e 11% em seca extrema".
A situação ainda não é tão grave como em 2005, ano em que ocorreu a pior seca deste século em Portugal, mas "desde o início do corrente ano hidrológico (outubro de 2021) que se regista no território valores de precipitação inferiores ao valor normal (1971-2000), sendo de salientar os meses de novembro e janeiro (até dia 25) muito secos".
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