Meteorologia

  • 04 MAIO 2024
Tempo
18º
MIN 13º MÁX 21º

Cabrita diz que ninguém está acima da lei e deixa saída nas mãos de Costa

Eduardo Cabrita quebrou, esta sexta-feira, o silêncio em relação ao acidente em que esteve envolvido. Respondendo aos que apelam à sua saída do Governo, o ministro diz que a decisão está nas mãos do primeiro-ministro.

Cabrita diz que ninguém está acima da lei e deixa saída nas mãos de Costa
Notícias ao Minuto

18:29 - 02/07/21 por Filipa Matias Pereira

País Eduardo Cabrita

Eduardo Cabrita, que tem estado 'debaixo de fogo' desde que esteve envolvido num acidente que vitimou uma pessoa que realizava trabalhos de manutenção na A6, quebrou esta sexta-feira o silêncio, garantindo que os factos serão apurados.  

"Neste apuramento dos factos, entendo que não existe nenhum cidadão que esteja acima do que é o quadro legal. Não desejo a ninguém, na qualidade de passageiro, ver-se envolvido numa situação tão dramática como esta", disse em declarações aos jornalistas, à margem da comemoração do 154.º aniversário da Polícia de Segurança Pública, em Lisboa. 

Perante as dúvidas que se têm levado, nomeadamente em relação à velocidade a que o carro seguia, o ministro com a pasta da Administração Interna deixou um apelo: "Que confiemos naqueles a quem cabe apurar os factos e não transformemos [a situação] num momento triste e pelo qual jamais passei. Acho que, de modo algum, [o caso] deve ser matéria de confrontação política". 

Depois de a oposição ter 'aberto a porta' à saída de Cabrita do Governo, o ministro deixa essa questão nas mãos de António Costa. "Essa é uma matéria que é da estrita responsabilidade do senhor primeiro-ministro. Tenho quatro anos de exercício de funções que corresponderam aos quatro anos de melhores indicadores de segurança de Portugal", advogou. 

Eduardo Cabrita aproveitou para manifestar as "devidas condolências em relação ao trabalhador que foi mortalmente vítima deste acidente rodoviário", destacando que isso também já tinha sido feito, via telefónica, pela "chefe de gabinete à mulher e às filhas". 

O ministro deu ainda "nota" que, "no quadro do que são as intervenções de poderes políticos, foram dadas indicações para fazer contactos para agilizar os mecanismos legais de apoio nestas circunstancias". O objetivo é que, de forma célere, sejam "definidas as componentes indemnizatórias", apesar de "não permitirem compensar o que não tem forma de ser ultrapassado, a perda de uma vida".

Recorde-se que, ontem, o Ministério da Administração Interna esclareceu que o carro em que seguia o ministro Eduardo Cabrita encontra-se "na situação jurídica de apreendido" e tem uma guia para poder circular válida até maio de 2023.

O esclarecimento do MAI surgiu após o presidente do PSD ter afirmado que o carro em que seguia o ministro da Administração Interna não estava registado e exigiu esclarecimentos, lamentando que a questão ande "de trapalhada em trabalhada".

A 18 de junho uma pessoa que fazia a manutenção da via morreu atropelada na autoestrada A6, na zona de Évora, num acidente que envolveu o carro que transportava o ministro Eduardo Cabrita.

O Ministério Público (MP) abriu um inquérito para apurar as circunstâncias da morte do trabalhador, "como sempre acontece neste tipo de situações", ou seja, em acidentes rodoviários com mortos, segundo fonte da Procuradoria-Geral da República (PGR).

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) abriu igualmente um inquérito interno sobre as circunstâncias em que foi prestado o socorro no acidente.

A GNR está também a investigação o acidente.

Leia Também: MAI: Carro envolvido em acidente tem "situação jurídica de apreendido"

Recomendados para si

;
Campo obrigatório