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Domínio avançado do inglês pode ter impacto na economia
O presidente do Instituto de Avaliação Educativa (IAVE) defendeu hoje que conseguir qualificar um grande número de estudantes com um domínio avançado da língua inglesa no fim do ensino secundário pode ter um "impacto decisivo para a economia portuguesa".
© DR
País IAVE
"No futuro, se conseguirmos ter a população estudantil no final do secundário com um nível de certificação do "First Certificate" [utilizador intermédio-alto], algo que o IAVE ambiciona poder pôr de pé no espaço de dois anos, máximo três, então o impacto para a economia portuguesa é absolutamente decisivo", afirmou Helder Sousa à agência Lusa.
O presidente do IAVE citou estatísticas oficiais mexicanas, que estimaram um aumento de 0,2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) só no setor terciário por 40 por cento população estudantil ter, no final dos estudos secundários, um nível de First Certificate [nível B2 na escala internacional].
"Uma população com um determinado nível de inglês que possa se reconhecido internacionalmente e certificado por uma instância, como é o caso da universidade Cambridge, é uma vantagem competitiva para o investimento internacional e é uma porta aberta para fazer negócios no estrangeiro, para ter oportunidades de trabalhar, investir, interagir com outros parceiros no mundo económico que é absolutamente decisiva", sublinhou.
O organismo está a coordenar o processo para a criação em Portugal da prova de diagnóstico de inglês para alunos do 9.º ano certificada pelo Cambridge English Language Assessment, uma entidade pertencente à Universidade de Cambridge que desenvolve instrumentos de avaliação ao domínio da língua inglesa.
Esta prova, que vai arrancar em abril, dará acesso a um certificado que pode variar entre os níveis A1 (utilizador elementar), A2 (utilizador básico) e B1 (utilizador experiente), dependendo do resultado individual de cada aluno.
Helder Sousa, que hoje visitou a sede do CELT em Cambridge para ultimar pormenores do processo, diz ter recebido o interesse de associações de pais na introdução de uma prova de diagnóstico que certifique um nível superior.
O mesmo responsável acrescentou ainda que, dependendo do sucesso da implementação do ensino do inglês nos 3.º e 4.º anos, poderá ser introduzida no futuro uma prova no 7.º ano com uma "qualificação mais exigente".
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