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"Se queremos valorizar o mar, a primeira condição é conhecê-lo bem"

O primeiro-ministro destacou, esta segunda-feira, a importância do mar para a economia portuguesa. Para aproveitar as potencialidades deste recurso torna-se imperioso, aos olhos do governante, apostar no conhecimento e na investigação.

"Se queremos valorizar o mar, a primeira condição é conhecê-lo bem"
Notícias ao Minuto

12:33 - 12/04/21 por Filipa Matias Pereira

País Mar

António Costa destacou, esta segunda-feira, a importância do mar na economia de Portugal, reconhecendo que, para apostar neste setor, é determinante aprofundar o conhecimento. Para levar a cabo este desígnio, o país contará com diversos fundos, quer do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), quer do quadro financeiro plurianual do PT2030.

"Se queremos valorizar o mar, a primeira condição é conhecermos bem o que temos no mar. Se queremos assegurar a gestão sustentável dos recursos, é preciso conhecer cada vez melhor esses recursos", referiu o primeiro-ministro, em declarações aos jornalistas, na Base Naval do Alfeite, onde visitou o navio de investigação Mário Ruivo. 

Acompanhado pelos ministros da Defesa e do Mar, o governante recordou que "só 10% do nosso território é terra. 90% é mar" e "um país que, durante séculos, percorreu e deu a conhecer o mundo 'por mares nunca dantes navegados', tem ainda um enorme défice de conhecimento daquilo que são as potencialidades do seu próprio mar". 

Quando foi apresentada a visão estratégica para a nova década por António Costa e Silva, "seguramente um dos capítulos mais importantes para todos foi simbolizar a importância do mar, do seu conhecimento como uma oportunidade extraordinária para o desenvolvimento sustentável do nosso país. Tem sido feito um esforço notável, seja pelo IPMA, seja pela Marinha, tendo em vista conhecer e proteger o nosso mar, mas temos obrigação de ir mais longe e temos a obrigação de o mar passar a ser uma realidade do dia a dia do nosso país", reforçou. 

O investimento "no conhecimento e no desenvolvimento e potenciação de novas atividades baseadas no mar", extravasa, aos olhos do chefe de Governo, a pesca porque "há muito mais no mar que podemos aproveitar". 

E foi a pensar nas potencialidades deste recurso que, no âmbito do PRR, "tomámos a decisão de autonomizar um capítulo dedicado ao mar, que mobilizará recursos totais de 252 milhões de euros, 30 milhões dos quais para uma iniciativa dos Açores no cluster do mar". Para lá disso, "todo o quadro financeiro plurianual do PT2030 é também acessível às ações do mar", explicou ainda Costa. 

O mar terá, com efeito, na próxima década, "um programa específico que transcende os 300 milhões de euros. E temos todas as condições para podermos ser competitivos no acesso aos fundos geridos diretamente pela União Europeia em matéria da ciência". 

Por fim, António Costa citou as palavras de um antigo chefe do Estado Maior da Armada, desejando "águas safas e ventos de feição, seja para a navegação, seja para a investigação". 

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