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Mayan contra abolição da propina defende acesso universal ao ensino

O candidato presidencial Tiago Mayan Gonçalves disse hoje discordar da abolição da propina no Ensino Superior, mas afirmou que ela não pode ser um impedimento para o acesso à educação.

Mayan contra abolição da propina defende acesso universal ao ensino
Notícias ao Minuto

19:06 - 20/01/21 por Lusa

Política Presidenciais 2021

O candidato apoiado pela Iniciativa Liberal (IL) transferiu muitas das ações de campanha previstas no terreno para o 'online', por causa da pandemia de covid-19 e esta tarde esteve à conversa por videoconferência, no Porto, com a Associação Académica de Coimbra.

Confrontado com a abolição das propinas, defendida pelos estudantes, Tiago Mayan discordou, mas salientou que a "propina não pode ser um impedimento para o acesso à educação".

"A abolição da propina não fará muito sentido, o que fará sentido é haver propinas, mas que nos quadros de quem não tem possibilidades socioeconómicas de as pagar, essas propinas estejam a ser financiadas pelo Estado e aí garantimos um sistema muito mais equilibrado, um sistema que está a garantir a todos o acesso à oferta no Ensino Superior", afirmou.

O candidato defendeu o "acesso universal" ao ensino e disse que este pode ser concebido "sem que o Estado seja dono de todas as universidades e patrão de todos os professores".

"Quando falamos de ensino gratuito ele nunca é gratuito, há sempre custos. A questão é como garantirmos, e isto é absolutamente essencial do meu ponto de vista, como garantirmos que toda a gente e independentemente das condições socioeconómicas têm este acesso efetivo à educação", frisou.

Defendeu, para isso, que o "financiamento deve orientado para o aluno e para o estudante".

"No fundo, atribuir o financiamento via aluno e via estudante e isto num pressuposto de que eles possam aceder a toda a oferta porque também acesso universal à educação é garantir que as pessoas estão a ter acesso a toda a oferta disponível e não só à pública".

Mais tarde, questionado pelos jornalistas, voltou ao tema e sublinhou que a "educação não é gratuita".

"É impossível pensar que ela é gratuita porque de facto tem custos. E, do meu ponto de vista, o que a propina deve refletir é isso e até deve ser diferenciada tendo em conta a área (...) um curso de medicina, pressupõe custos muito mais vultuosos que um curso de direito", salientou.

Na sua opinião, o "acesso universal à educação pode e deve ser garantido, mas a via da propina zero não é a via adequada para o fazer, porque não cria os estímulos adequados, nomeadamente investimento nos cursos (...) e não cria estímulos ao próprio aproveitamento escolar dos estudantes".

Na conversa com os estudantes foi também abordada a questão do abandono escolar, a Constituição e da sustentabilidade ambiental , neste ponto, disse que o Presidente da Republica pode dar o exemplo.

No seu caso pessoal disse não ser proprietário de um carro, que anda de transportes públicos e faz a separação dos resíduos.

As eleições presidenciais, que se realizam em plena epidemia de covid-19 em Portugal, estão marcadas para domingo e esta é a 10.ª vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976.

Concorrem às eleições sete candidatos, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP) Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).

Leia Também: Já só se pode apelar ao voto para evitar abstenção, diz Mayan

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