O Governo português condena "veementemente" o ataque terrorista simultâneo a duas aldeias vizinhas que deixou um rasto de 100 mortos no Níger.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros, em comunicado enviado às redações, dirige ainda as "mais profundas condolências" às famílias atingidas pelo "massacre".
O gabinete de Augusto Santos Silva "reitera a sua total solidariedade para com o povo e o Governo do Níger, em reconhecimento dos profundos desafios que enfrentam no combate ao flagelo terrorista e dos esforços já encetados nesse domínio, tendo ainda em vista o processo eleitoral em curso no país".
O Governo português renova ainda o seu apoio aos esforços internacionais de combate ao terrorismo no Níger e na região do Sahel.
As duas aldeias atingidas situam-se a 120 quilómetros a norte da capital, Niamey, na região de Tillabéri, na fronteira entre o Mali e o Burkina Faso, uma região que tem sido alvo frequente de ataques de grupos jihadistas há vários anos.
O ataque de sábado aconteceu no mesmo dia da proclamação dos resultados das eleições presidenciais, que deram a vitória ao candidato do partido no poder, o antigo ministro do Interior Mohamed Bazoum, que prometeu durante a campanha reforçar o combate aos grupos jihadistas que operam na região.
Há vários anos que o Níger -- tal como os vizinhos Mali e Burkina Faso - é atormentado por ataques 'jihadistas' nas zonas oeste e sudeste, tendo já morrido centenas de pessoas no processo.
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