Apontadas baterias a governante por ter excluído tese de praxe
O jurista Eurico Reis criticou as declarações do secretário de Estado da Juventude, que afirmou que o que se passou no Meco "não foi praxe académica". Na opinião do perito, ouvido pela Renascença, "declarações dessa natureza não favorecem a descoberta da verdade".
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País Jurista
“Toda a gente, nomeadamente as pessoas com responsabilidades institucionais, deviam ter muito cuidado com o que estão a falar. Declarações dessa natureza não favorecem a descoberta da verdade. Criam mais complicações”. É desta forma que o jurista Eurico Reis reage às declarações do secretário de Estado da Juventude, em relação à tragédia do Meco.
Emídio Guerreiro disse ontem que o incidente que levou à morte de seis estudantes na Praia do Meco "não foi praxe académica".
Para Eurico Reis, ouvido pela Renascença, “existindo um processo-crime, e os processos-crime não são abertos se não existirem indícios, as pessoas deviam ter cuidado antes de falar sobre coisas que estão ainda a ser apreciadas, que estão a ser apuradas. Estamos a tentar descobrir o que se passou”.
Na opinião do magistrado, “as praxes são uma prática medieval, que não devia ter lugar nos nossos dias. Esta preocupação em branquear práticas medievais conduz a mentalidades que já deviam ter desaparecido do nosso convívio social”.
“Estamos a viver numa época de absoluta falta de respeito por valores éticos e por princípios de comportamento que têm milénios e que são baseados na dignidade da pessoa humana”, insurgiu-se Eurico Reis.
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