Numa missiva enviada aos párocos e membros dos Serviços Paroquiais de Ação Social da arquidiocese alentejana, Francisco José Senra Coelho mostrou-se "preocupado com as realidades sociais que se anteveem" e apelou ao "modo de atuar dos cristãos", que passa por "ir às raízes, ou seja, às causas das diversas situações".

"O cenário de pandemia deve fazer-nos olhar com especial atenção e cuidado para quem está ao nosso lado, impelir-nos a identificar situações de carência, indo além do puro assistencialismo, e motivar-nos a ser um 'coração que vê', que se entrega e implica na resolução dos problemas de quem menos pode ou tem", escreveu o arcebispo.

Nesse sentido, Senra Coelho incentiva a um "reforço da unidade" entre os vários agentes da Pastoral Social para fornecer uma "estruturação concreta de respostas com dimensão local para os vários problemas sociais" que se apresentam e confia na Cáritas Arquidiocesana a missão de reforçar o empenho dos Serviços Paroquiais de Ação Social.

O reforço passa por garantir que "em cada paróquia exista um Serviço de Ação Social (Grupo Cáritas), composto por, pelo menos, três voluntários", a quem seja facilitada, "a título gratuito", a frequência do curso SPAS+ - Formação-Ação para Serviços Paroquiais de Ação Social "com duração de 10 horas em regime 'online'".

Os Grupos Cáritas devem, conforme o pedido do arcebispo eborense, promover um "atendimento social de capilar proximidade" junto das comunidades de forma a suscitar "atuações adequadas" e proporcionar às pessoas necessitadas "as ajudas possíveis de modo personalizado e visando sempre uma resposta global estruturada".

O arecbispo celebra uma missa no Centro de Recuperação de Menores, em Assumar, no domingo, para assinalar o Dia Mundial dos Pobres, uma iniciativa promovida pelo Papa Francisco, de acordo com uma nota enviada à agência Lusa pela Arquidiocese de Évora.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.294.539 mortos em mais de 52,7 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 3.250 pessoas dos 204.664 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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