Em declarações aos jornalistas no Algarve, o Presidente Marcelo sublinhou na tarde desta quarta-feira que Portugal "tem estado sempre atento à situação do Líbano" e que "tem apoiado os esforços do secretário-geral das Nações Unidas".
"Porque entende que é fundamental para a paz na região e para a paz global que não haja ali uma situação de perturbação, mesmo que não seja possível detectar desde já qual é a perturbação ou as causas respetivas", afirmou, considerando que "a pacificação daquela região é muito importante".
O chefe de Estado recordou que, além da vocação universal, "Portugal há muito que defende uma atenção especial relativamente ao Mediterrâeo, ao Próximo e ao Médio Oriente porque são áreas vizinhas da Europa e da UE" e, por isso, "particularmente sensíveis para Portugal".
Paralelamente, Marcelo contou que, até ao início da tarde, a informação que tinha da parte do ministro dos Negócios Estrangeiros era de que não tinha conhecimento de nenhum ferido grave na explosão em Beirute, que causou pelo menos 113 mortos e feriu mais de quatro mil pessoas. Há, apenas, "a notícia de um ferido ligeiro português no meio de tantas vítimas mortais e não mortais", disse.
Questionado sobre a possibilidade de o Estado agilizar o regresso de um português a viver em Beirute e que ficou com a habitação destruída, o Presidente da República não quis tecer comentários, referindo tratar-se de "uma responsabilidade executiva que tem de ser avaliada, naturalmente, pela nossa diplomacia, primeiro, e pelo Governo, se for caso disso".