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Reuniões no Infarmed? "Não sei se se justificava elevação política"

A pandemia da Covid-19 foi um dos temas 'em cima da mesa' no habitual comentário de Francisco Louçã na SIC Notícias.

Reuniões no Infarmed? "Não sei se se justificava elevação política"
Notícias ao Minuto

22:45 - 10/07/20 por Notícias Ao Minuto

País Covid-19

Francisco Louçã comentou, no seu habitual espaço na SIC Notícias às sextas-feiras, a pandemia da Covid-19 em Portugal e no resto do mundo. "A situação está muito complicada a nível mundial porque se tem verificado que é muito difícil evitar uma continuação de contaminação a um nível relativamente elevado", sublinhando que há até "vários países que têm voltado ao lockdown [confinamento]".

"Tem havido muitos casos, em países em que já havia um controlo razoável, em que há surtos localizados ou temor da extensão das vagas sucessivas de pandemia" e isso "tem levado a novas medidas de cautela", destacou em seguida. 

Quanto ao panorama português, o fundador do Bloco de Esquerda não considera que se trate de uma situação "descontrolada". "Já tivemos 1.250 pessoas hospitalizadas, temos pouco mais de 400 agora, já tivemos 250 pessoas em Cuidados Intensivos, temos menos de 70", exemplificou, acrescentando, contudo, que "o nível [de infeções] tem-se mantido num patamar muito elevado".

A contaminação está também "localizada" em algumas áreas da região de Lisboa. "O que se tem sabido nos últimos dias dá um retrato muito claro de como a contaminação é incontrolada, muito difícil de parar, onde há habitação muito degradada, muitas pessoas a residir nas mesmas casas ou condições de trabalho muito deficientes", advogou Louçã.

"É a pobreza, a precariedade e, em alguma medida, a emigração. Porque a taxa de infeção das populações migrantes em Lisboa é quatro vezes superior ao conjunto da população e, no Porto, é 12 vezes maior", destacou ainda. 

Para o economista, "na medida em que seja possível responder a estes casos e evitar a sua contaminação e ajudar estas pessoas poderá limitar-se estes números", sem esquecer "que eles podem continuar durante um tempo relativamente grande"

Reunião? "Foi um pouco surpreendente a razão pela qual foi interrompida"

Quanto ao fim das reuniões dos políticos com os especialistas, que ocorriam no Infarmed e que terão terminado esta semana, Louçã considerou ser "um pouco surpreendente a razão pela qual foi interrompida a continuidade destas reuniões". "Rui Rio tinha feito uma sugestão, parece que Marcelo e Costa se entenderam a este respeito".

"As reuniões são muito importantes porque estamos perante uma doença nova e tudo o que se possa concentrar de estudos científicos e internacionais e de aplicações concretas de especialistas [...] é importantíssimo", explicitou, acrescentando que "estas devem ocorrer sempre no âmbito do Ministério da Saúde". "Não sei se se justificava ter uma espécie de elevação política com o Presidente a fazer a conclusão de cada uma dessas reuniões"

Estes encontros vão "continuar" a ser necessários "durante meses", mas "talvez não tenham que ter uma montra das instituições políticas, como aconteceu"

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