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"Cannabis tem cada vez mais peso no consumo em Portugal"

Um relatório divulgado na terça-feira revelou que a cannabis já ultrapassa a heroína no volume de consumo destas substâncias no País, sendo que dos novos casos, 38% diziam respeito a esta droga, escreve o jornal Público de hoje. Numa reacção a estes números, o presidente do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), João Goulão, confirmou que “a Cannabis tem cada vez mais peso no consumo em Portugal”.

"Cannabis tem cada vez mais peso no consumo em Portugal"
Notícias ao Minuto

09:27 - 18/12/13 por Notícias Ao Minuto

País João Goulão

Apesar de 84% dos casos tratados em ambulatório ainda dizer respeito ao consumo de heroína, visto que incluem os antigos casos, a droga por excelência dos portugueses mudou e já não é esta substância. Dos novos consumidores sinalizados no passado, 38% eram dependentes de cannabis enquanto 34% diziam respeito à heroína.

Os dados constam no relatório anual de 2012 intitulado ‘A situação do País em Matéria de Drogas e Toxicodependências’, apresentando ontem na Assembleia da República, a que o Público teve acesso.

Em declarações àquele jornal, o presidente do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), João Goulão, reconheceu que “a cannabis tem cada vez mais peso no consumo em Portugal”.

Acresce que o consumo desta droga também marcou a ocorrência de casos por overdose. Em 2012, aumentou o número de óbitos devido a este abuso do consumo, tendo sido registadas 13 mortes. Já “quanto às substâncias detectadas nestas overdoses, é de destacar a presença de cocaína em 52% dos casos, seguindo-se-lhe os opiáceos (48%) e a metadona (31%), explicou o especialista.

De salientar que em termos gerais, estiveram no ano passado em tratamento na rede pública 29 mil utentes, 4.000 dos quais readmitidos e 2.000 novos, o que revelou um decréscimo nas “prevalências de consumo de drogas na população portuguesa residente em Portugal” entre 2007 e o ano passado.

Ainda assim, o consumo tem vindo a aumentar junto das mulheres e da população escolar, sendo por isso crucial “inverter a percepção de risco que há” em relação à cannabis.

Por conseguinte, Goulão considerou que o novo Plano Nacional para a Resolução dos Comportamentos Aditivos e das Dependências 2013-2020 possibilitará alterar a abordagem destes casos, cujo objectivo final é reduzir o uso.

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