Governo sem registo de pedidos de ajuda por parte da comunidade na Guiné

O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Santos Silva, disse hoje que a comunidade portuguesa na Guiné-Bissau está tranquila, não existindo qualquer pedido de ajuda através da Embaixada de Portugal ou do Centro de Emergência Consular.

Terrorismo

© Global Imagens

Lusa
29/02/2020 13:59 ‧ 29/02/2020 por Lusa

País

Guiné-Bissau

 

"news_bold">"Felizmente não há nenhum problema, nenhuma preocupação, nenhum sinal de alarme com os concidadãos que residem na Guiné-Bissau", disse Augusto Santos Silva à agência Lusa.

De acordo com o chefe da diplomacia portuguesa, nenhuma das estruturas de apoio aos portugueses na Guiné-Bissau - a embaixada portuguesa em Bissau e o Centro de Emergência Consular, em Lisboa, - "registou qualquer pedido de ajuda ou sinal de intranquilidade" da parte de portugueses residentes naquele país.

Santos Silva adiantou ainda que, do contacto que hoje de manhã fez com a missão diplomática portuguesa em Bissau, "resultou uma noção clara de que, felizmente, não há qualquer perturbação da ordem pública em Bissau".

"As coisas estão a funcionar normalmente - os cafés, supermercados, abastecimentos -, o que significa que, havendo um conflito jurídico e político na Guiné-Bissau, os respetivos protagonistas têm sabido geri-lo sem recurso à violência e à confrontação. Isso é positivo", disse.

A Guiné-Bissau vive um impasse político desde a segunda volta das eleições presidenciais, em dezembro, agravado nos últimos dias com a coexistência de dois chefes de Estado e dois primeiros-ministros.

Umaro Sissoco Embaló, dado como vencedor da segunda volta das presidenciais da Guiné-Bissau pela Comissão Nacional de Eleições, tomou posse simbolicamente como Presidente guineense na quinta-feira, numa altura em que o Supremo Tribunal de Justiça ainda analisa um recurso de contencioso eleitoral interposto pela candidatura de Domingos Simões Pereira, que alega a existência de graves irregularidades no processo.

O autoproclamado Presidente da República, que não é reconhecido pela maioria parlamentar, substituiu, na sexta-feira, o primeiro-ministro Aristides Gomes, pelo ex-primeiro-vice-presidente do parlamento guineense, Nuno Gomes Nabian, que tomou hoje posse numa cerimónia em Bissau na presença das chefias militares do país.

Entretanto, também na sexta-feira, o presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassamá, tomou posse como Presidente da República interino, com base no artigo da Constituição que prevê que a segunda figura do Estado tome posse em caso de vacatura na chefia do Estado.

Nuno Nabian é o líder da Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), que fazia parte da coligação do Governo, mas que apoiou Sissoco Embaló na segunda volta das presidenciais.

Nabian, que indigitou simbolicamente Sissoco Embaló na primeiro vice-presidente da Assembleia Nacional Popular, foi destituído do cargo, na mesma cerimónia de posse de Cipriano Cassamá como Presidente interino.

Após estas decisões, registaram-se movimentações militares, nomeadamente na rádio e na televisão públicas, de onde os funcionários foram retirados e cujas emissões foram suspensas.

A embaixada de Portugal em Bissau aconselhou os portugueses que vivem na Guiné-Bissau a restringirem a circulação.

 

 

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